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Capital

"A gente passa sem saber e está oco", reclama morador sobre calçada que desabou

Moradores afirmam que reforma não durou uma semana e temem que calçada desabe mais

Dayene Paz e Mariely Barros | 19/01/2023 10:41
Calçada cedeu após chuva forte em Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami)
Calçada cedeu após chuva forte em Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami)

Reformada há cerca de uma semana, uma calçada voltou a desabar no Bairro Colibri, em Campo Grande, causando medo em quem passa pelo trecho. "A gente passa sem saber onde está oco", disse o morador da região, funcionário público Francisco Joceli, de 54 anos, ao conversar com o Campo Grande News na manhã desta quinta-feira (19).

Francisco mora no Bairro Santo Antônio, saindo cedo para fazer caminhada cerca de três vezes na semana. Ele passa entre a Avenida Prefeito Lúdio Martins Coelho e a Rua Presidente Nereu, onde o risco é cada vez maior. "Qualquer hora um passa aí e afunda. Um perigo", lamenta. "Eu passo sabendo dos riscos", acrescenta.

Francisco enquanto conversava com a reportagem nesta manhã. (Foto: Henrique Kawaminami)
Francisco enquanto conversava com a reportagem nesta manhã. (Foto: Henrique Kawaminami)

O morador diz que viu a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) trabalhando no local na semana passada. "Ficaram dois cavaletes depois da obra e agora só está um. Não sei se eles retiraram ou a chuva levou", comenta.

Bombeiro aposentado, Adinei da Silva Carneiro também afirma que a "reforma" durou uma semana. "Caminho aqui todos os dias e tento passar pelo asfalto. Ali embaixo, a lateral, a terra está descendo, acho que eles não reforçaram a calçada", afirma Adinei.

Adinei mostra trecho que desabou após forte chuva. (Foto: Henrique Kawaminami)
Adinei mostra trecho que desabou após forte chuva. (Foto: Henrique Kawaminami)

Questionada, a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) diz que a drenagem já foi programada naquele trecho "onde a última chuva danificou um poço de visita da drenagem". Ainda, segundo a pasta, com as chuvas acima da média, a estrutura não suporta o volume de água. "Como choveu logo após recolocação dos tubos, a enxurrada levou o aterro", afirmou a Sisep.


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