Acadêmicos da Capital alertam sobre doença que acometeu filha de Tiago Leifert
Ação conscientiza a população contra a retinoblastoma, doença que atinge crianças nos primeiros anos de vida
Estudantes de Medicina da Laop (Liga Acadêmica de Oncologia Pediátrica), pertencente a uma unidade particular de Campo Grande, realizam a campanha “De olho nos olhinhos”, buscando conscientizar a população durante todo o sábado (16), no Parque das Nações Indígenas, na Capital, quanto aos riscos da retinoblastoma, câncer maligno que atinge os olhos de crianças com até 5 anos.
Ao Campo Grande News, a estudante Izadora Rosa Reinoso, de 21 anos, contou que a ação acontece em nove capitais do país, e surgiu através do apresentador Tiago Leifert, que teve a filha diagnosticada com a doença aos 3 anos de idade.
“Os sinais apresentados pela doença nos pacientes são estrabismo e reflexo branco. Então a gente orienta tirar uma foto da criança e, se aparecer um reflexo vermelho, é normal, mas se aparecer um reflexo mais branco, aí é sinal de alteração oftalmológica. Não significa que seja Retinoblastoma, mas indica que precisa de investigação, porque além dessa doença, tem outras que podem apresentar esse sinal”, disse.
Durante a abordagem aos pais que visitavam o parque, na manhã deste sábado, muitos deles disseram conhecer a doença justamente através do apresentador. Entretanto, outros nunca ouviram falar sobre a condição, que apesar de rara, pode ser mortal para o paciente, em caso de diagnóstico tardio.
A estudante destacou, também, que se descoberto precocemente, as chances de cura são de 90%. “Para ter o resultado mais precoce ainda, é preciso buscar um oftalmologista até os 3 anos de idade da criança, de 6 em 6 meses. Quando a criança nasce, é preciso fazer o exame de reflexo do olhinho, mas infelizmente isso não é feito em todos os hospitais do brasil como protocolo”.
No Brasil, todos os anos são diagnosticados de 200 a 300 novos casos, geralmente em crianças com até 2 anos de idade. Muitos são os fatos que podem fazer os pequenos desenvolverem a doença, mas a genética é um dos principais.
Caso alguém na família tenha sido diagnosticado com a condição na infância, os filhos deverão ser acompanhados regularmente por um oftalmologista, para tratar a doença precocemente, se for o caso.
Tratamento - São diversos tipos de modalidades terapêuticas utilizadas pelos médicos para tratar a Retinoblastoma, entre eles estão terapia a laser, braquiterapia, crioterapia, enucleação ou quimioterapia.
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