Agetran prevê bicicletas compartilhadas na ativa ainda este ano
Nos próximos meses, prefeitura deve publicar chamamento público de empresas interessadas em explorar o serviço
Campo Grande terá serviço de bicicletas compartilhadas funcionando ainda este ano. Conforme prevê a Agetran (Agência Municipal de Trânsito), será publicado chamamento público de empresas interessadas provavelmente no primeiro semestre. Após essa fase, caso apareça alguma interessada, o sistema deve começar a operar em 30 dias.
A previsão e o plano para a implementação foram assuntos de reunião na Câmara Municipal nesta quarta-feira (21). Participaram a diretora adjunta da Agetran, Andrea Luísa Figueiredo, técnicos da agência e também ciclistas que querem melhorias nas ciclovias e ciclofaixas já existentes.
Vereador que convocou a discussão, Roberto Avelar, o "Beto" Avelar (PSD), explicou que mais de uma empresa poderá ser selecionada para emprestar bicicletas à população.
Os principais pontos para retirada e devolução das bicicletas, segundo Andrea, deverão ficar na Avenida Afonso Pena, terminais e nas proximidades do Aeroporto Internacional de Campo Grande. A ideia é ir ampliando a quantidade ao longo do tempo de concessão do serviço. A empresa ou empresas selecionadas deverão fazer um estudo, apresentar à prefeitura e sugerir os locais definitivos.
A diretora adjunta também adiantou que será exigida a criação de docas para as bicicletas. "Nas cidades onde esse sistema não tem docas, as bicicletas são deixadas em qualquer lugar. Aqui, queremos que tenha", comparou.
Aumento e melhoria da malha - Campo Grande tem atualmente 115 quilômetros de malha cicloviária e a meta de chegar a 146 quilômetros com obras de ampliação, segundo dados do plano diretor de mobilidade urbana, apresentado durante a reunião.
A Agetran informou que são investidos mais de R$ 8 milhões na criação de mais ciclovias e na melhoria das já existentes. Além disso, o Sesi e algumas empreiteiras como Plaenge e Viasul, fazem seus próprios investimentos na malha como parte do plano de compensação ambiental acordados com a prefeitura como contrapartida para erguerem prédios na cidade.
Do total de recursos, R$ 1 milhão vem da Sudeco (Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste); R$ 344,9 mil da prefeitura; e R$ 7,3 milhões partem de emendas parlamentares de dois senadores e uma deputada federal de Mato Grosso do Sul.
Onde - Neste ano, serão criadas 12 quilômetros de ciclovias passando pela Rua Antônio Rahe, para interligar o Parque Sóter à Avenida Consul Assaf Trad; pelas Avenidas Euler de Azevedo e Tamandaré, no acesso à UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul); e pela Avenida Gabriel Spipe Calarge.
As emendas parlamentares vão contemplar outras na Avenida Nosso Senhor do Bonfim ligando a Avenida Consul Assaf Trad à Avenida Desembargador Leão Neto, no Parque dos Poderes; e a na Avenida Gury Marques, conectando à Avenida Cafezais e à Rua Buenópolis, esta com obras já em andamento.
A maior parte do recurso enviado pelos parlamentares, R$ 4,7 milhões, servirá para reestruturar as ciclovias já existentes, principalmente na região da saída para Cuiabá. "Parece que é um valor muito alto, mas é muito caro fazer a requalificação. Houve uma vistoria e escolhemos priorizar, a princípio, as Avenidas Consul Assaf Trad, a Avenida Nelly Martins e o Parque Sóter", disse a chefe da divisão de operação da projetos da Agetran, Tainara Rebeque.
Quanto às empreiteiras, Tainara conta que projetos estão avançados para criar ciclovias na Rua Rita Vieira de Andrade e na Avenida Prefeito Heráclito Diniz, no prolongamento da Avenida Ernesto Geisel.
Reclamações - Ciclista e liderança na criação do Bosque Camburé, no Bairro União, Édio Guimarães participou da reunião. Ele disse que pretende participar das seguintes e acompanhar as tratativas, já que tem sugestões a fazer. "Nós temos que tratar mais da situação atual, recuperar a malha cicloviária que já tem e também trabalhar a conscientização", opinou.
Leonardo Ribas, também ciclista, reclama que existem demandas urgentes para serem pro rizadas e reforça a necessidade das campanhas educativas.
"Viemos trazer urgências como a da saída para Cuiabá: a ciclovia está acabada. No Bairro Indubrasil também precisa de melhorias. Fora isso, temos que trabalhar conscientização no trânsito para evitar acidentes envolvendo tanto das pessoas que treinam quanto as que vão trabalhar de bicicleta", falou.
O vereador Beto Avelar afirmou que um grupo de trabalho será criado para incluir pessoas que têm interesse em participar das próximas discussões e debater a execução do plano diretor de mobilidade.
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