Ao ser apreendido, adolescente que matou a mãe a facadas diz que era humilhado
Vítima foi encontrada morta neste domingo, na Rua Macarai, na casa onde vivia com o filho
Ao ser apreendido, o adolescente de 16 anos que matou a mãe, Regina Fátima Monteiro de Arruda, de 52 anos, com cerca de 20 facadas, sendo 9 delas no rosto, disse que era humilhado pela mulher.
A vítima foi encontrada morta neste domingo (6), na Rua Macarai, no Jardim Zé Pereira, em Campo Grande. O garoto fugiu logo após o fato e foi localizado no fim da manhã, quando tentava pular o muro de volta para a residência, após os trabalhos da perícia.
Conforme a delegada Cynthia Gomes, plantonista da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol (Centro Especializada de Polícia Integrada), o crime foi premeditado. O menino disse que a mãe batia nele, o humilhava, o xingava e não o amava. "Essa informação, inicialmente, foi confirmada por alguns vizinhos", contou.
Segundo o garoto, já vinha premeditando e nesta madrugada atingiu a mãe com uma faca que tinha dentro de casa. O primeiro golpe foi no pescoço. Regina estava dormindo, mas acordou e começou a se defender. "Na luta, ele levou a vantagem e continuou com os golpes, levando a vítima a óbito", disse Cynthia. O caso foi registrado como feminicídio.
Ainda de acordo com a polícia, havia muito sangue espalhado pelos cômodos. Além da faca, o garoto usou pedra e vidro para matar Regina. Os objetos foram apreendidos para perícia.
Caso - Conforme uma vizinha, por volta das 5h passou a escutar gritos de socorro vindo da casa ao lado. Ela, então, acionou a PM (Polícia Militar). Uma viatura foi ao local, porém o barulho havia cessado e os policiais foram embora após baterem palmas e não serem recebidos por ninguém.
Incomodada com a situação, a mulher chamou novamente a PM, insistindo que havia ocorrido alguma coisa na casa da vizinha. Os policiais então retornaram, pularam o muro e entraram no imóvel, foi quando encontraram Regina morta em um dos cômodos. A roupa usada pelo garoto foi trocada e ficou no local, suja de sangue.
A reportagem não vai divulgar o nome do infrator, seguindo determinação do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). O caso será investigado pela Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude).
*Matéria editada às 9h25 do dia 9/10 para correção de informação.
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