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Capital

Apaixonado, policial ia seguir na carreira apesar de empresa

Edivaldo Bitencourt e Aliny Mary Dias | 24/07/2014 10:16
Policiais acompanham velório de colega (Foto: Marcelo Calazans)
Policiais acompanham velório de colega (Foto: Marcelo Calazans)

Morto por bandidos durante um assalto no Bairro Oliveira, por volta das 10h de ontem, o soldado Valdir Antunes de Oliveira, 41 anos, era apaixonado pela carreira e planejava se aposentar na Polícia Militar. Este era o sonho apesar do sucesso como dono de um depósito de materiais de construção no bairro.

O sonho acabou com a brutalidade da violência, quando três homens chegaram na loja Multilar, na Avenida das Mansões, e anunciaram o assalto. Após pegar R$ 200, os bandidos encontraram o policial, que voltava da padaria, e o atingiram com vários tiros. O soldado foi socorrido, mas não resistiu e morreu no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul Rosa Pedrossian ainda na manhã de ontem.

O latrocínio destruiu a família, segundo o cunhado, Marcos Silva, 43 anos, que acompanhava o velório do PM na manhã desta quinta-feira (24). Os pais e os quatro irmãos – um homem e três mulheres -, a esposa e os filhos ficaram devastados pela tragédia. “Ele era o alicerce da família, ajudava todo mundo”, contou o cunhado.

Valdir deixa dois filhos do primeiro casamento e um menino de um ano e seis meses do segundo. A atual esposa estava inconsolável no velório. A morte também comoveu colegas de profissão e amigos.

“Enquanto agente da segurança pública, pais e profissionais, estamos machucados e feridos com a perda”, lamentou o tenente Pinheiro, que trabalhava com o soldado no 9º Batalhão da PM. “Era um colega com conduta profissional brilhante e dedicado”, comentou.

Cunhado lembra de amor que PM sentia pela farda  (Foto: Marcelo Calazans)
Cunhado lembra de amor que PM sentia pela farda (Foto: Marcelo Calazans)
Policiais militares acompanham velório de soldado do 9º Batalhão (Foto: Marcelo Calazans)
Policiais militares acompanham velório de soldado do 9º Batalhão (Foto: Marcelo Calazans)

Ele ressaltou que Valdir nunca precisou ser repreendido nem ser corrigido na década em que se dedicou à corporação. Ele ingressou na Polícia Militar em setembro de 2004 e servia no município de Jaraguari, onde cumpria jornada de 24 horas e descansava 48 horas.

Segundo Silva, o cunhado e a esposa administravam a loja no Jardim Oliveira. Apesar de ser dono do próprio negócio, Valdir sempre deixou claro para a família que planejava trabalhar até se aposentar na PM.

“A família quer Justiça e os criminosos atrás das grades”, defendeu Marcos Silva. Até a manhã de hoje, a Polícia não tinha prendido os autores do latrocínio (roubo seguido de morte) do soldado.

O velório acontece na Pax Centro Brasil, na Avenida Bandeirantes, 795, na Vila Bandeirantes. O corpo será sepultado às 15h no Memorial Park, na Capital.

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