Apartamentos ficam destelhados e muro cai durante chuva na Capital
Sem telhados, água entrou em apartamentos do último andar nos dois residenciais do Jardim Centenário
"Sentei e chorei. Foi um desespero ver a água entrando, só de lembrar fico arrepiada. A gente corre aqui e ali pra deixar limpo e organizado, mas não tem o que fazer, é um fenômeno da natureza", esse é o desabado de Lidiane Arce, de 43 anos, depois de ver o apartamento onde mora cheio de água.
Ela é uma das pessoas que mora no Residencial Albino Coimbra Filho 2, no Jardim Centenário, em Campo Grande, que foi destelhado durante a chuva desta quinta-feira (1). O muro de 18 metros, no fundo do condomínio, também caiu durante a tempestade que ventos atingiram quase 50 km/h.
De acordo com a síndica do residencial, só o conserto do muro deve custar cerca de R$ 20 mil, já para arrumar o telhado dos quatro blocos atingidos ainda não há estimativa. O residencial completou 10 anos de existência em novembro.
"Acionamos o seguro e o perito vem analisar o estrago da chuva, aqui venta muito e ano passado precisei acionar o seguro três vezes por causa do mesmo problema. Todos os apartamentos do último andar, desses quatro blocos, ficaram com água dentro e alguns ventiladores de teto e lâmpadas acabaram queimados", disse Damaris Martins, de 35 anos, responsável pela administração do local.
Na manhã desta sexta-feira os moradores saíram para trabalhar e deixaram as janelas abertas na tentativa de deixar os apartamentos menos úmidos, para evitar problemas como mofo. "Estou pensando em contratar um segurança pra cuidar os fundos do condomínio até o muro ser arrumado, ali tem muitas motos dos moradores e tenho medo de invadirem e furtarem", explicou a síndica.
No condomínio ao lado, o Residencial Albino Coimbra Filho 1, também houve estragos, mas apenas dois blocos sofreram com os ventos e chuva. "O destelhamento aqui foi parcial, mas também entrou água em alguns apartamentos do último andar. Um técnico vem mais tarde avaliar os estragos e ver quantas unidades foram afetadas. Vamos usar uma lona para proteger os apartamentos", contou o síndico Emersom Monteiro, de 46 anos.