Aterro para conter erosão no Nova Lima causa transtornos durante chuva
Três veículos atolam em menos de uma hora no bairro
Com a chuva deste sábado, o medo dos moradores do Nova Lima aumenta cada vez mais. E a cratera aberta entre as ruas Santo Inácio de Loiola, Zulmira Borba e Marques de Herval também. Árvores, entulhos e lixo é um pouco do que já foi “engolido” pela erosão.
Vizinhos do buraco, a moradora Madalena Moreira, 58 anos e o irmão José Moreira, 60 anos já sentem pavor ao perceber a chuva. A casa em que moram há 24 anos, não fica sozinha.
“Com esse tempo não sei não. É perigoso, a gente tem medo de que a chuva leve a casa para o buraco”, conta José.
A cratera cresce mais a cada dia, e a vizinhança está de olho o tempo todo. Segundo Madalena, foi feito um aterro ainda maior para tentar conter a água da chuva, que desce do bairro todo.
“A previsão que deram foi de dois meses para arrumar. Isso se não levar a casa da gente primeiro”, comenta.
A chuva foi ficando mais intensa assim como os transtornos na região. Na Rua Marques de Herval, conhecida como corredor do Nova Lima, três veículos atolaram em menos de uma hora.
As ruas ficaram alagadas e quem passava pela região teve muita dificuldade.
Mais a frente da cratera, o caminhão de placa NDS 5554, de Jiparaná – RO que transportava móveis e eletrodomésticos atolou a 10 metros do depósito em que iria parar.
Segundo o motorista, Jaime Ferreira Lima, um outro caminhão que estava a frente atolou, e para desviar, ele foi dar ré quando acabou atolando.
Foi necessário enxadas e outro caminhão da empresa para retirar o veículo.
Transtorno também para os passegeiros de dois ônibus que iam para o Vida Nova e Oscar Salazar. No mesmo local, o corredor do Nova Lima, os motoristas não conseguiram passar e atolaram.
De acordo com o motorista Alessander Oliveira Silva a cada chuva que dá na região, o risco de atolar é muito e os passageiros não tem paciência.
“Atolar aqui ainda não estava atolando. Mas colocaram aquele morro para conter a erosão, e quando chove desce tudo”, explica.
Para o morador José Ferreira, 46 anos, a cena já virou rotina. Segundo ele toda vez que chove é desse jeito e se vem uma chuva mais grossa, muitos carros atolam.
