"Bizarro”, diz passageiro que presenciou morte dentro de ônibus
Fato ocorreu por volta das 17h de ontem, na Avenida Gury Marques, pouco antes de chegar no terminal
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
Um passageiro, identificado como Manoel, cometeu suicídio dentro de um ônibus intermunicipal durante uma abordagem policial na Avenida Gury Marques, em Campo Grande. O homem, que havia embarcado em Ponta Porã e passado por outras cidades, atirou na própria cabeça com um revólver calibre 22 após responder a perguntas da polícia. Testemunhas relataram que ele portava livros sobre purificação, obras árabes, obras satânicas e anotações com frases como 'Se Deus existir, merece ser espancado'. O caso ocorreu na frente de outros passageiros, incluindo crianças. A polícia não encontrou ilícitos na bagagem, apenas um discman e CDs. O corpo foi encaminhado ao Imol para necropsia. Imagens da câmera de segurança registraram o momento do suicídio.
Vendedor de 27 anos, que presenciou o suicídio de um passageiro, identificado apenas como Manoel, dentro de um ônibus intermunicipal que havia saído de Ponta Porã com destino a Campo Grande, durante abordagem policial, classificou o caso como “extremamente bizarro”. O fato ocorreu por volta das 17h de ontem (1º) na Avenida Gury Marques, pouco antes de chegar no Terminal Rodoviário, na região das Moreninhas.
Conforme o vendedor, que pediu para não ter o nome divulgado, Manoel embarcou em Ponta Porã. Durante o trajeto o ônibus fez parada em Dourados, Rio Brilhante e Nova Alvorada do Sul. “Não lembro a quantidade exata de passageiros, mas era em torno de 20. Em todos os pontos de parada, ele [Manoel] descia e perguntava ao motorista se o ônibus ficaria lotado. Ele estava sozinho e usava máscara”, contou.
Ao entrarem no ônibus, os policiais informaram que seria uma abordagem de rotina e passaram a perguntar aos passageiros o motivo da viagem. “O rapaz [Manoel] respondeu normalmente, mas quando o policial virou de costas, o cara sacou um revólver 22 e atirou no ouvido. O cara se matou na frente de todo mundo e do policial”, contou. O óbito foi constatado pelo Corpo de Bombeiros.
O vendedor contou que não foi encontrado nada de ilícito na mala do rapaz, mas alguns objetos e anotações que chamaram atenção: “Tinha roupas, livros sobre purificação, livros árabes, livros satânicos e tabela como se fosse identificação de criptografia. Ele tinha uma bolsinha, com várias folhas de caderno enroladas, com frases escritas. Uma delas era: “Se Deus existir, merece ser espancado”. Não foi encontrado celular com Manoel, apenas aparelho de discman a pilha e vários CDs.
O corpo foi levado ao Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) para exame necroscópico. Manoel tinha 55 anos, era natural de Birigui, São Paulo.
Caso - As imagens de câmera de segurança do ônibus mostram o momento em que o policial do Batalhão de Choque entra no veículo. No último assento do lado direito está o rapaz, de máscara. Ao lado, tem outro homem, acompanhado de três crianças. Antes do policial se aproximar, o passageiro retira a máscara.
O policial se aproxima, conversa com o homem que está com as crianças e, depois, fala com o outro passageiro, que tem a bagagem revistada. Enquanto a checagem do bilhete e da mala, o homem pega arma, sem que o militar perceba e atira contra a cabeça. A ação foi tão rápida que os ocupantes do ônibus ficam sem entender, até que ele tomba no banco. As crianças presenciam a cena.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.