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Capital

Botijão de gás explode e casa com idosos acamados é consumida pelo fogo

Incêndio aconteceu após ser feita troca do botijão, por volta das 12h, na Rua Otacílio Machado

Por Clara Farias | 22/10/2024 12:24
Moradora mostra altura que chama alcançou após gás explodir (Foto: Marcos Maluf)
Moradora mostra altura que chama alcançou após gás explodir (Foto: Marcos Maluf)

Botijão de gás explodiu logo após troca e causou incêndio em uma casa na Vila Nhanhá. O caso ocorreu no início da tarde de segunda-feira (21), enquanto uma das moradoras fazia almoço, na Rua Otacílio Machado. Ela teve queimaduras no braço, e foi levada à Santa Casa de Campo Grande.

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Um incêndio devastador ocorreu em uma casa no Jardim Nhanha após a troca de um botijão de gás, resultando em queimaduras em uma moradora e danos significativos à residência. Durante o incidente, a cuidadora Priscila da Silva Freire, que estava presente, descreveu momentos de pânico enquanto tentava salvar seus avós acamados. A situação se agravou quando o botijão começou a fazer barulhos alarmantes, levando Priscila a temer uma explosão. Felizmente, com a ajuda de um primo e vizinhos, todos conseguiram escapar. A avó foi levada para monitoramento em uma unidade de saúde e já recebeu alta. A família agora enfrenta a necessidade de reformas na casa e aceita doações para recomeçar, após a promessa de apoio financeiro caso o botijão seja considerado responsável pelo incêndio.

Na manhã desta terça-feira (22), a cuidadora Priscila da Silva Freire, 38, recebeu o Campo Grande News na residência que já passa por reformas para voltar a abrigar os avós acamados, de 84 e 79 anos. Ela contou que, por volta das 12h, a prima estava fazendo almoço, as crianças (filho e primo, de 9 e 11 anos) estavam em um dos quartos se trocando para irem à escola, e os avós estavam deitados em outro quarto.

Enquanto cozinhava, a prima percebeu que o gás acabou e logo pediu em uma revendedora, que fica próxima à residência, uma nova unidade. Em poucos minutos, um rapaz chegou à casa, fez a troca e não teria conferido se vazava gás pela mangueira, lembrou a moradora.

Com os olhos marejados, Priscila descreve o momento de tensão que vivenciou: "O fogo veio todo para cima da minha prima, pegando no rosto dela, passando por baixo do mármore da pia e seguindo em direção aos quartos. Eu estou traumatizada, foi um horror", afirmou ela.

Valvula de botijão danificada após incêndio (Foto: Marcos Maluf)
Valvula de botijão danificada após incêndio (Foto: Marcos Maluf)
Azulejos do banheiro sujos pela fumaça (Foto: Marcos Maluf)
Azulejos do banheiro sujos pela fumaça (Foto: Marcos Maluf)

Em poucos minutos, a cuidadora saiu pelo corredor lateral da casa e chamou as crianças que estavam no quarto para saírem do local, com medo que a casa explodisse. "O botijão fazia um barulho, como se fosse uma panela de pressão, mesmo depois que o fogo começou, o botijão continuava fazendo barulho", lembrou ela.

Quando as crianças já estavam na varanda, Priscila passou a se desesperar pelo avô, de 84 anos, que é acamado e estava em um dos quartos com a avó, de 74, que tem mobilidade reduzida. "Graças a Deus que meu primo estava aqui, e começou a puxar a cama do meu avô pra fora, e minha avó veio andando bem devagar. O cabelo dela inclusive ficou queimado", contou a cuidadora.

No momento do sufoco, a cuidadora descreve que seu único pensamento era de que perderia seus avós naquele instante. A avó foi levada para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento Leblon), apenas para ser monitorada e já recebeu alta. Enquanto estava fora de casa pedindo socorro aos vizinhos, a cuidadora relata que chegou um motoentregador, que foi atrás dos militares do Corpo de Bombeiros do Guanandi. "Ele foi um anjo, ele e o vizinho nos ajudaram muito", lembrou ela.

Priscila mostra sonda que avô utilizava, e que foi rompida pelo calor (Foto: Marcos Maluf)
Priscila mostra sonda que avô utilizava, e que foi rompida pelo calor (Foto: Marcos Maluf)

O cenário devastador não ficou isolado na cozinha, os corredores da casa, paredes, teto, banheiro, foram consumidos pela fumaça, e hoje começam a passar por reforma. O avô foi levado para uma sobrinha, que é enfermeira, e vai poder cuidar dele enquanto a casa é reformada. A avó foi para casa de parentes em Rio Brilhante, a cerca de 161 quilômetros da Capital.

Segundo ela, uma pessoa responsável pela Ultragaz foi até a residência, fez fotos do local, e afirmou que se for comprovado que o botijão foi o causador do incêndio, a família será amparada.

A família aceita ajuda financeira para recomeçar. As doações podem ser feitas para a chave Pix CPF 020.212.861-00, em nome de Priscila da Silva Freire.

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