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Capital

Central revitalizada vai armazenar 20 toneladas de alimentos

Produtos vêm da agricultura familiar para abastecer unidades de assistência social

Cassia Modena e Caroline Maldonado | 06/09/2023 11:16
Na parte de dentro do Cesan (Foto: Caroline Maldonado)
Na parte de dentro do Cesan (Foto: Caroline Maldonado)

Nesta quarta-feira (6), a Prefeitura de Campo Grande entregou o resultado da revitalização da antiga CPA (Central de Processamento de Alimentos), que passou a se chamar Cesan (Central de Segurança Alimentar e Nutricional - Banco de Alimentos) e fica no Bairro Vila Margarida. As intervenções feitas ajudarão a comportar a ampliação da capacidade de armazenamento do local, que passará de 10 para 20 toneladas por mês.

De acordo com o secretário municipal de Assistência Social, José Mário Antunes da Silva, a atual Cesan fornece alimentos cultivados por agricultores familiares, da região do "cinturão verde" de Campo Grande, às unidades de acolhimento para pessoas em vulnerabilidade social, além de Cras (Centros de Referência em Assistência Social) e Creas (Centros de Referência Especializado de Assistência Social) da Capital.

José Maria ainda explicou que a antiga CPA era mantida e fazia compras dos pequenos produtores apenas com recursos do município, desde que a gestão anterior do Governo Federal, a do ex-presidente Jair Bolsonaro, determinou o corte da verba destinada a esse tipo de ação.

Local armazenava 10 toneladas de alimentos e passará a receber 20 toneladas (Foto: Caroline Maldonado)
Local armazenava 10 toneladas de alimentos e passará a receber 20 toneladas (Foto: Caroline Maldonado)

No entanto, com a retomada do Programa de Aquisição de Alimentos pela União, a atual Cesan poderá receber recursos adicionais de Brasília para suas operações. "Como houve essa reativação do programa, estamos dobrando a capacidade e revitalizamos o espaço", finalizou o secretário.

Presente na entrega da revitalização da Cesan, que também contemplou o Cras Carlinda Pereira Contar, localizado bem ao lado, a prefeita Adriane Lopes afirmou que o que foi feito "é muito importante, porque queremos que as famílias e a cidade se desenvolvam". Ela destacou que todos os produtores que fornecem alimento para lá recebem suporte e assistência técnica da prefeitura.

Prefeita Adriane Lopes no pátio da Central (Foto: Caroline Maldonado)
Prefeita Adriane Lopes no pátio da Central (Foto: Caroline Maldonado)
Cras do Vila Margarida também foi revitalizado (Foto: Caroline Maldonado)
Cras do Vila Margarida também foi revitalizado (Foto: Caroline Maldonado)

Atualmente, 109 produtores fornecem alimentos da agricultura familiar às unidades da assistência social do Município. Cada um recebe R$ 12 mil por ano do poder público pela venda, totalizando R$ 1,3 milhão pagos anualmente.

O investimento municipal nas duas revitalizações entregues e de intervenções em outros Cras da cidade somam R$ 80 mil, segundo divulgado pela prefeitura.

Retirada de alimentos - No Cras revitalizado, é feita, paralelamente, a entrega gratuita de alimentos a famílias da região. Os produtos não são os mesmos armazenados na Cesan, mas provêm de doação dos Ceasas (Central da Abastecimento de Mato Grosso do Sul).

Famílias na fila do Cras, para retirar alimentos do Ceasa (Foto: Caroline Maldonado)
Famílias na fila do Cras, para retirar alimentos do Ceasa (Foto: Caroline Maldonado)

A ação acontece toda terça-feira, entre as 7h e 9h, mas ocorreu nesta quarta-feira para que as famílias pudessem acompanhar a entrega das revitalizações. Para retirarem os produtos, basta levarem documento de identificação e assinarem os nomes em ficha disponível no Cras.

O aposentado Osvaldo Borges da Silva, 72, já fez cinco retiradas de alimentos. Eles ficou sabendo da oferta porque um primo, que mora no Bairro Mata Jacinto, comentou. "Está ajudando muito porque o 'salarinho' não dá para tudo e o preço da verdura está muito alto. Assim, a gente economiza e usa o dinheiro que sobra para comprar carne", disse à reportagem.

Com o que economiza, Osvaldo consegue comprar carne (Foto: Caroline Maldonado)
Com o que economiza, Osvaldo consegue comprar carne (Foto: Caroline Maldonado)

Madalena Antonio dos Santos Silva, 75 anos, também aposentada, conhece a ação há mais tempo. Ela é beneficiária há aproximadamente três anos e vai buscar os alimentos toda semana. "A verdura está muito cara, não está nada fácil, então, é uma maravilha. Hoje, eu vou levar tudo o que tem aqui, vou encher a sacola", comemora.

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