Clínicas vacinaram 20,5 mil pessoas contra a gripe em Campo Grande
A ocorrência de quatro mortes no período intensificou a busca pela imunização; há filas de espera por doses de até R$ 150.
Clínicas particulares vacinaram, desde o início do mês de abril, cerca de 20,5 mil pessoas contra o vírus da gripe ou influenza em Campo Grande. A ocorrência de quatro mortes no período intensificou a busca pela imunização. Há filas de espera por doses de até R$ 150.
Os estabelecimentos montaram estruturas externas para receber os clientes, com cadeiras, água e toldos. Isso porque o atendimento tem sido seguido da distribuição de senhas.
Joana e José Aparecido Freitas, de 55 e 59 anos, tiveram que aguardar mais de duas horas para receber a vacina em uma clínica no Centro. "Há medo de acabar", avaliou Joana sobre o movimento no local. "Como não entramos no grupo de risco viemos nos proteger".
Novos lotes, conforme apurado pelo Campo Grande News, devem reforçar o estoque de doses nas clínicas particulares. A ImunoCenter e Vaccine Care estão aguardando novas entregas de distribuidoras, enquanto Imunitá, Prophylaxis e Vaccini continuam as aplicações.
Mortes - Em Mato Grosso do Sul, foram registradas quatro mortes. Duas delas ocorreram em Campo Grande, sendo as demais em Aquidauana e Naviraí. Há investigação de outros dois casos envolvendo um bebê na Capital e um idoso de 72 anos em Aquidauana. Ambos tiveram óbito confirmado na segunda-feira (23).
No ano passado, seis pessoas morreram por gripe e três delas tiveram o vírus H3N2. Já em 2016, houve registro de 103 óbitos no Estado.
Vacinação – Na rede pública de saúde, a campanha de vacinação contra a gripe começou na terça-feira (24). Em Campo Grande, as doses estão disponíveis nas 67 unidades básicas.
Segundo a SES (Secretaria Estadual de Saúde), a meta consiste na vacinação de 90% dos integrantes dos grupos de risco, compostos por crianças de 6 meses a menores de 5 anos, gestantes, puérperas (mulheres de resguardo), trabalhadores da saúde, professores, povos indígenas, pessoas com mais de 60 anos, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, presos e funcionários do sistema prisional, além de pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis.