Mortes por influenza causam corrida a clínicas da Capital em busca de vacina
Para quem não se enquadra no grupo de risco da doença, a saída é enfrentar filas e até lista de espera na rede particular
As divulgação das quatro mortes por gripe confirmadas em Mato Grosso do Sul e de outras duas sob investigação provocou uma verdadeira corrida a clínicas particulares de Campo Grande em busca de vacinas contra o vírus causador da influenza. Para se proteger, quem está fora do grupo de risco enfrenta filas e até lista de espera com mais de 200 pessoas.
Essa foi a situação que o Campo Grande News encontrou em três clínicas da Capital. Na Vaccini, localizada no bairro Chácara Cachoeira, na tarde desta quarta-feira (25), a fila para receber a vacina contra as infecções causadas pelo vírus influenza ultrapassou a recepção e se concentrou na calçada.
Segundo informações da clínica, por dia, são atendidas cerca de 600 pessoas, que pagam R$ 160 pela dose da vacina quadrivalente. Na Imunitá o atendimento também era intenso nesta quarta-feira e os valores das doses variam de R$ 85 para a trivalente e R$ 135 para a tetravalente.
Na clínica Vaccini Care, o primeiro lote do medicamento acabou na manhã de terça-feira (24) e o próximo chega à Capital apenas na sexta (27). Enquanto isso, uma lista de espera já conta com mais de 200 pessoas. “A procura está muito grande”, disse uma das funcionárias do local.
Mortes - Das quatro mortes, duas são em Campo Grande, uma em Naviraí e uma em Aquidauana. Mais dois óbitos são investigados: de um bebê em Campo Grande e um homem de 72 anos em Aquidauana. Os dois morreram no dia 23.
No ano passado, seis pessoas morreram com gripe –três foram diagnosticadas com o vírus A (H3N2). Em 2016, foram 103 mortes registradas.
Vacinação – Na rede pública de saúde, a campanha de vacinação contra a gripe começou nesta terça-feira. Em Campo Grande, as doses estarão disponíveis apenas nas 67 unidades básicas.
Segundo a SES (Secretaria Estadual de Saúde) a meta no Estado é vacinar 90% dos integrantes dos grupos de risco, que são: crianças de 6 meses a menores de 5 anos, gestantes, puérperas (mulheres de resguardo), trabalhadores da saúde, professores, povos indígenas, pessoas com mais de 60 anos, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, presos e funcionários do sistema prisional, além de pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis.
Matéria alterada àas 10h11 do dia 26 de abril para correção de informações.