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Capital

Com paralisação dos ônibus, corrida de aplicativo foi opção para não se atrasar

Veículos ficaram 2 horas sem circular enquanto categoria fazia assembleia

Clayton Neves e Bruna Marques | 20/07/2020 07:43
Cansada de esperar, a secretária Vanessa Pinheiro Bezerra decidiu pagar R$ 7 em uma corrida de mototáxi. (Foto: Henrique Kawaminami)
Cansada de esperar, a secretária Vanessa Pinheiro Bezerra decidiu pagar R$ 7 em uma corrida de mototáxi. (Foto: Henrique Kawaminami)

Passageiros do transporte coletivo foram pegos de surpresa ao notar paralisação dos ônibus nas primeiras horas desta segunda-feira (20). Para não se atrasar nem perder compromissos, quem não teve como esperar precisou abrir a carteira e pagar corridas de aplicativo ou contratar mototáxi.

A paralisação durou das 5h às 7h, quando os ônibus começaram a sair das garagens.

Antes disso, quem precisava do transporte coletivo, precisou se virar. Para chegar no hospital onde trabalha, a auxiliar de serviços gerais Cármen Castro, de 42 anos, teve de fazer verdadeiro malabarismo. Sem conseguir pegar o ônibus que a deixaria perto do local de trabalho, pagou R$ 10 em uma corrida de aplicativo até a Praça Ari Coelho, para de lá, esperar a hora de o ônibus passar. “Deveriam nos avisar para a gente se programar. E quem não tem condições de pagar, como faz?”, questiona.

A auxiliar de serviços gerais Cármen Castro, de 42 anos, pagou para ir até o Centro e aguardava o fim da paralisação para chegar até o serviço. (Foto: Henrique Kawaminami)
A auxiliar de serviços gerais Cármen Castro, de 42 anos, pagou para ir até o Centro e aguardava o fim da paralisação para chegar até o serviço. (Foto: Henrique Kawaminami)

Por causa do horário reduzido na pandemia, pelo menos 200 ônibus deveriam estar circulando na cidade. No entanto, o serviço foi suspenso até à 7 horas enquanto motoristas se reuniam em assembleia para discutir lei que alterou punições administrativa em multas.

Nas ruas, muita gente ficou sem saber o que estava acontecendo e tentou se informar como pôde. Foi o caso da secretária Vanessa pinheiro Bezerra, de 48 anos. “Liguei na Viação São Francisco e me avisaram que o sindicato estavam parando”, conta.

Cansada de esperar, a secretária decidiu gastar um dinheiro extra e pagou R$ 7 em uma corrida de mototáxi para ir trabalhar.

Para a auxiliar de serviços gerais Antônia Osório, de 44 anos, a sorte do dia foi conseguir carona com uma vizinha  até o terminal Júlio de Castilho. De lá, aguardava ônibus para ir até a Base Aérea, onde trabalha. “Entro 7 horas, já são 7h30 e meu ônibus não passou. Isso é um absurdo”, reclama.

Reclamação - Entre as medidas impostas pela lei, alvo de reclamação dos trabalhadores, estão, por exemplo, o pagamento de multa ao motorista que embarcar passageiro fora do ponto ou ao trabalhador que atrasar o horário previsto para rota determinada.

Os motoristas ficaram em assembleia até às 7h, nas garagens. Na da empresa São Francisco, os motoristas saíram às 7h.

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