Covid e gripe H3N2 pressionam e Capital está à beira de novo colapso hospitalar
UTIs covid operam acima da capacidade e hospitais estão perto de atingir 100% de ocupação
A rede pública hospitalar de Campo Grande está à beira de um novo colapso. A nova onda da pandemia de covid-19 e a epidemia de gripe (Influenza “A” H3N2) estão voltando a provocar uma ocupação próxima dos 100%. Nas UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) Covid-19, não há mais vagas. A Capital tem 29 leitos, mas já trata um paciente a mais neste domingo (23), fazendo a ocupação atingir 103,45%.
Dos 24 leitos clínicos exclusivos para covid, apenas um está livre. A taxa de ocupação é de 95,83%.
A situação geral também é crítica. Dos 504 leitos de UTI para tratamento de outras doenças, 500 estão ocupados, o que representa 97,42%. Entre leitos clínicos, apenas quatro de 155 estão liberados, ou seja, 99,21% estão ocupados.
Considerando todas as vagas, 704 das 712 vagas estão ocupadas, 98,9% do total. Os dados o painel Sala de Gestão, da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), foram atualizados às 4h30 de hoje.
Campo Grande soma até agora 145.771 casos de covid, e 4.118 levaram a óbito. Estão em isolamento 595 pacientes. Outros 141.041 já são considerados recuperados.
O secretário de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul, Geraldo Resende, observou que a Capital é plenamente responsável na gestão da saúde. “Estamos expandindo leitos no interior. Queremos abrir mais vagas no Hospital Regional, mas vamos verificar o que pode ser feito pela Capital”, disse.
Em nota, a Sesau informou que os dados da Sala de Gestão estão defasados. As UTIs covid teriam, na verdade, 40 de 41 vagas ocupadas, o que resultaria em 97,6%. E dos 184 leitos de UTI públicos e contratualizados, 180 estão ocupados, 98% do total.
“Estamos mantendo tratativas com todos os hospitais para ampliar os leitos de UTI caso seja necessário. Recentemente abrimos mais 40 leitos clínicos para absorver a demanda de casos de menor gravidade que têm sido maiores do que os grave”, diz o comunicado.