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Capital

Criticados durante a campanha, destino de corredores de ônibus empaca até 2025

Projeto foi idealizado em 2012, mas só começou a sair do papel em 2015

Por Fernanda Palheta | 01/11/2024 13:24
Corredor de ônibus na Rui Barbosa, um dos já concluídos. (Foto: Arquivo)
Corredor de ônibus na Rui Barbosa, um dos já concluídos. (Foto: Arquivo)

Um dos temas centrais durante a campanha das eleições municipais de Campo Grande este ano e alvo de críticas constantes da população, os corredores de ônibus inacabados seguem sem solução até 2025, quando a prefeita reeleita Adriane Lopes (PP) assumirá novo mandato e pretende relicitar as obras para o transporte público.

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As obras dos corredores de ônibus em Campo Grande, iniciadas em 2015, permanecem inacabadas, com apenas dois dos sete corredores prontos até agora. A prefeita reeleita, Adriane Lopes, planeja relicitar as obras para o transporte público em 2025, após um estudo que está sendo finalizado. As obras paradas incluem a Avenida Marechal Deodoro, onde o contrato foi rompido devido ao aumento dos custos durante a pandemia. O diretor da Agetran, Paulo da Silva, afirmou que a prefeitura não pode descartar os corredores já existentes, mas a retomada das obras está prevista para atrasar mais um ano, gerando críticas sobre a gestão do projeto e sua implementação.

O projeto foi idealizado em 2012, mas só começou a sair do papel em 2015, ano em que as licitações dos corretores norte, sudoeste e sul começaram a ser publicadas pela gestão municipal. Ao longo de quase 10 anos, apenas dois dos sete dos corredores ficaram prontos.

Hoje estão funcionando os corredores das Ruas Rui Barbosa e Brilhante. Já as obras da Rua Bahia e Avenida Bandeirantes tiveram início, mas travaram após a finalização da infraestrutura. Para a finalização é preciso novas licitações para a construção das estações de embarque.

As obras inacabadas seguem na Avenida Marechal Deodoro e Avenida Calógeras, onde a obra parou e o contrato foi rompido em fevereiro deste ano, porque a empresa alegou que os preços subiram muito durante a pandemia e ficou impossível cumprir o que foi combinado. Já os corredores das Avenidas Costa e Silva e Gury Marques são os mais atrasados e seguem sem previsão de retomada.

Ao Campo Grande News, o diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Paulo da Silva, afirmou que, diante das polêmicas, a prefeitura decidiu rever os detalhes do projeto mediante um estudo que está em fase final de conclusão, além de ouvir a população e os comerciantes das regiões que serão afetadas pela mudança em audiências públicas que devem ser marcadas.

“A licitação praticamente pronta. Agora cabe uma ampla discussão para ver se realmente vamos seguir com isso no próximo mandato. Por enquanto vai seguir da mesma maneira. A prefeitura não pode destruir os corredores porque tem muito dinheiro público investido. Não vamos marretar nenhum corredor”, adiantou o titular da Agetran.

O novo prazo proposto pela administração irá atrasar em mais um ano a retomada dos corredores. Em abril deste ano, quando assumiu o órgão, Paulo da Silva prometeu retomar as obras ainda no primeiro trimestre do ano, antes da eleição municipal. Mas a promessa não foi cumprida.

Apesar de ser defensor dos corredores, o vereador André Luis (PRD), critica forma como a implementação dos corredores é feita na Capital. "Começaram um processo de organização e parara na metade, é como se começassem uma obra em casa e deixassem os entulhos no meio da sala", compara o parlamentar que atua na defesa do transporte público.

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