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Capital

De portas fechadas à queda de 95%: a amarga quarentena na rede hoteleira

Os hotéis podem funcionar em Campo Grande, mas já não há quem hospedar

Aline dos Santos, Lucas Mamédio e Guilherme Correia | 30/03/2020 10:45
Hotel Deville, na Avenida Mato Grosso, só retoma as atividades em 3 de maio. (Foto: Paulo Francis)
Hotel Deville, na Avenida Mato Grosso, só retoma as atividades em 3 de maio. (Foto: Paulo Francis)

De portas fechadas à queda de 95% no número de hóspedes: essa foi a amarga realidade encontrada pela reportagem na rede hoteleira de Campo Grande durante a quarentena devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Os hotéis podem funcionar, mas já não há quem hospedar.

Na Avenida Mato Grosso, três hotéis estão fechados, com acesso barrado por corrente e cones: Ibis, Ibis Budget e Deville Prime. Na porta do Deville, um cartaz informa que o hotel só reabrirá em 3 de maio.

O Hotel Vale Verde, na Avenida Afonso Pena, também está fechado por medida de precaução.

O Novotel, vizinho ao Ibis e Ibis Budget, na Avenida Mato Grosso, estava de portas abertas. No hall, foi possível verificar a pouca movimentação de pessoas e dispositivos com álcool em gel para os clientes. A gerência, que também responde pelo Ibiss, não forneceu dados de ocupação dos quartos, mas confirmou que os hotéis vizinhos estão fechados.

No Bristol Exceler Plaza Hotel, na Avenida Afonso Pena, a queda de clientes foi de 95%. “Temos apenas cinco hóspedes. Baixou cerca de 95%”, afirma Lucas Hoss Araújo, neto do proprietário do hotel.

O restaurante fica fechado à noite e, durante o dia, o atendimento segue regras de prevenção: com mesas separadas e higienização. “Tomamos várias medidas, com equipamentos de proteção individual para os colaboradores e reforçamos a higiene”, afirma Lucas Araújo.

Grand Park Hotel, na Avenida Afonso Pena, tem 140 quartos, mas só 12 estavam ocupados nesta segunda-feira. (Foto: Paulo Francis)(Foto: Paulo Francis)
Grand Park Hotel, na Avenida Afonso Pena, tem 140 quartos, mas só 12 estavam ocupados nesta segunda-feira. (Foto: Paulo Francis)(Foto: Paulo Francis)

Na Avenida Afonso Pena, o Grand Park Hotel tem 140 quartos, mas só 12 estavam ocupados nesta segunda-feira (dia 30). A equipe também foi reduzida para 22 funcionários. Seis foram demitidos e seis estão de férias coletivas por período de 15 dias

De acordo com a gerente-administrativa, Irma Maria Pandolfo, o hotel está conseguindo absorver o prejuízo por ter capital de giro (reserva financeira). “Mas espero que essa situação  acabe logo. Todo prejuízo é um prejuízo”, afirma a gerente.

Por medida de segurança, quartos só podem ser novamente ocupados depois de 24 horas da saída do hóspede anterior. No salão do café da manhã, as mesas foram espaçadas e o cliente pode caminhar até a piscina. No entanto, a prioridade é atender os hóspedes nos quartos.

No Jandaia Hotel, na Rua Barão do Rio Branco, a redução da clientela é calculada em 50%. O restaurante foi fechado e as refeições são servidas nos quartos. A direção também afastou funcionários do grupo de risco.

O Hotel Gaspar, na Avenida Mato Grosso, não recebe novos clientes desde o dia 16 de março. O hotel atende apenas os hóspedes moradores ou cliente conhecido que venha de fora.

No Jandaia Hotel, restautante foi fechado e clientela reduziu pela metade. (Foto: Paulo Francis)
No Jandaia Hotel, restautante foi fechado e clientela reduziu pela metade. (Foto: Paulo Francis)


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