Defesa de preso por vender bebidas "fake" quer perícia em garrafas
Francisco Lennon Serena foi alvo de operação da Decon, mas acabou sendo solto em audiência de custódia
A defesa do comerciante Francisco Lennon Serena, 33 anos, dono da Conveniência e Tabacaria 67, preso na segunda-feira (30), durante operação da Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo), quer que as garrafas de bebida confiscadas durante a ação sejam periciadas.
No estabelecimento de Francisco, localizado na Avenida Júlio de Castilho, em Campo Grande, os policiais apreenderam 75 garrafas de whisky de diversas marcas, 12 vodcas Absolut, 24 garrafas de licor, 19 de vinho e 4 de gin Tanqueray, todos produtos de descaminho. Além disso, a polícia apreendeu mais 15 garrafas de vodca e 3 tequilas, que seriam falsificadas.
Também foram encontrados no local 37 cigarros eletrônicos expostos no balcão para venda. O comerciante foi preso e passou por audiência de custódia nesta quarta-feira (1º) e teve a liberdade provisória concedida pelo juiz Francisco Vieira de Andrade Neto, que determinou que ele mantenha o endereço atualizado e compareça em todos os atos do processo.
Os advogados Nikollas Pellat e Lucas Arguelho afirmaram ao Campo Grande News que agora vão pedir a perícia nas garrafas de bebidas apreendidas para provar que não houve adulteração nos produtos apreendidos.
“Recebemos a decisão da soltura e todos os eventuais esclarecimentos serão feitos em juízo. Vamos requisitar a prova pericial para atestar se existe ou não adulteração nos itens apreendidos, confiando na inocência do nosso cliente”, afirmaram os defensores.
Operação - Chamada de "Primeiro Gole", a operação foi deflagrada na segunda-feira e contou com apoio da Procon-MS e da Dedfaz (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Defraudações, Falsificações, Falimentares e Fazendários) e, além de Francisco, mais três comerciantes foram autuados por contrabando e descaminho das bebidas.
Na Disbev Distribuidora de Bebidas, situada no Jardim Tarumã, foram apreendidas várias garrafas de energéticos, cervejas, vodcas importadas e whisky de fabricação internacional. Todo o material não possuía comprovação de procedência ou rotulagem em língua portuguesa.
A operação aconteceu de forma simultânea em outros dois pontos: na Pit Stop V8, na Avenida Mato Grosso, e Big Festas, na Rua Antônio Maria Coelho. Ao todo, foram foram apreendidas 707 garrafas de bebidas avaliadas em R$ 150 mil.
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