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Capital

Polícia fecha distribuidoras por venda de bebida "fake"

Ações simultâneas fazem parte da Operação Primeiro Gole, deflagrada nesta segunda-feira (30)

Por Gustavo Bonotto e Alison Silva | 30/10/2023 17:34
Cartaz de suspensão de atividades em uma conveniência situada no Jardim Tarumã. (Foto: Paulo Francis)
Cartaz de suspensão de atividades em uma conveniência situada no Jardim Tarumã. (Foto: Paulo Francis)

A Polícia Civil fechou, na tarde desta segunda-feira (30), quatro estabelecimentos que comercializavam bebidas alcoólicas adulteradas ou oriundas de descaminho em Campo Grande. A ação faz parte da Operação "Primeiro Gole", realizada pela Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo), em conjunto com o Procon-MS e a Dedfaz (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Defraudações, Falsificações, Falimentares e Fazendários).

Conforme apurado pela reportagem, a ação policial leva esse nome pois parte das bebidas era vendida em boates e locais de renome na Capital. "Nos primeiros copos, eles serviam a bebida original e depois a trocavam pela imitação", disse o titular da Decon, Reginaldo Salomão.

Material oriundo da fronteira é encaminhado para a sede do Procon. (Foto: Alison Silva)
Material oriundo da fronteira é encaminhado para a sede do Procon. (Foto: Alison Silva)

Na Disbev Distribuidora de Bebidas, situada no Jardim Tarumã, foram apreendidas várias garrafas de energéticos, cervejas, vodcas importadas e whisky de fabricação internacional. Todo o material não possuía comprovação de procedência ou rotulagem em língua portuguesa.

A operação aconteceu de forma simultânea em outros três pontos: na Conveniência e Tabacaria 67, na Avenidas Júlio de Castilho; na Pit Stop V8, na Mato Grosso; e Big Festas, na Rua Antônio Maria Coelho. "Todo o material será encaminhado para a Receita Federal, onde posteriormente será avaliado. Não podemos quantificar ou descrever um valor de mercado agora".

Até o momento, quatro pessoas foram autuadas por contrabando e descaminho das bebidas e também venda de cigarros eletrônicos. Duas foram encaminhadas ao Procon-MS e o restante para a Dedfaz.

O outro lado - Em nota enviada à imprensa, o advogado Preslon Barros Manzoni esclareceu que a Pit Stop V8 não distribui nem nunca distribuiu bebidas falsificadas. "A apreensão se deu única e exclusivamente em razão de questões inerentes à tributação e que já estão sendo tomadas as medidas cabíveis para regularização da questão. Que o estabelecimento em momento algum foi fechado, continua funcionando normalmente, uma vez que encontra-se dentro de todas as normas legais".

A reportagem tentou entrar em contato com o restante dos representantes das empresas citadas na investigação, mas não foi atendida. Enviamos mensagens de texto e recados pela caixa postal dos números divulgados na internet, mas não houve retorno até o fechamento da matéria. O espaço continuará aberto para futuras declarações.

Parte das bebidas falsificadas apreendidas durante a operação. (Foto: Alison Silva)
Parte das bebidas falsificadas apreendidas durante a operação. (Foto: Alison Silva)

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