Polícia fecha distribuidoras por venda de bebida "fake"
Ações simultâneas fazem parte da Operação Primeiro Gole, deflagrada nesta segunda-feira (30)
A Polícia Civil fechou, na tarde desta segunda-feira (30), quatro estabelecimentos que comercializavam bebidas alcoólicas adulteradas ou oriundas de descaminho em Campo Grande. A ação faz parte da Operação "Primeiro Gole", realizada pela Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo), em conjunto com o Procon-MS e a Dedfaz (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Defraudações, Falsificações, Falimentares e Fazendários).
Conforme apurado pela reportagem, a ação policial leva esse nome pois parte das bebidas era vendida em boates e locais de renome na Capital. "Nos primeiros copos, eles serviam a bebida original e depois a trocavam pela imitação", disse o titular da Decon, Reginaldo Salomão.
Na Disbev Distribuidora de Bebidas, situada no Jardim Tarumã, foram apreendidas várias garrafas de energéticos, cervejas, vodcas importadas e whisky de fabricação internacional. Todo o material não possuía comprovação de procedência ou rotulagem em língua portuguesa.
A operação aconteceu de forma simultânea em outros três pontos: na Conveniência e Tabacaria 67, na Avenidas Júlio de Castilho; na Pit Stop V8, na Mato Grosso; e Big Festas, na Rua Antônio Maria Coelho. "Todo o material será encaminhado para a Receita Federal, onde posteriormente será avaliado. Não podemos quantificar ou descrever um valor de mercado agora".
Até o momento, quatro pessoas foram autuadas por contrabando e descaminho das bebidas e também venda de cigarros eletrônicos. Duas foram encaminhadas ao Procon-MS e o restante para a Dedfaz.
O outro lado - Em nota enviada à imprensa, o advogado Preslon Barros Manzoni esclareceu que a Pit Stop V8 não distribui nem nunca distribuiu bebidas falsificadas. "A apreensão se deu única e exclusivamente em razão de questões inerentes à tributação e que já estão sendo tomadas as medidas cabíveis para regularização da questão. Que o estabelecimento em momento algum foi fechado, continua funcionando normalmente, uma vez que encontra-se dentro de todas as normas legais".
A reportagem tentou entrar em contato com o restante dos representantes das empresas citadas na investigação, mas não foi atendida. Enviamos mensagens de texto e recados pela caixa postal dos números divulgados na internet, mas não houve retorno até o fechamento da matéria. O espaço continuará aberto para futuras declarações.
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