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Capital

Demora em resultado de laudos periciais mantem atraso em inquéritos

Luana Rodrigues | 30/06/2015 12:22

No início deste mês, o Campo Grande News apurou que 253 casos estavam emperrados nas delegacias de Polícia Civil da Capital, porque os delegados precisavam dos resultados dos laudos de exames de DNA para solucioná-los, os dados são da Associação de Peritos Oficiais do Estado. A demora se dava pela falta de um reagente que leva ao resultado do teste. Vinte dias após a denúncia, o reagente ainda não chegou ao Ialf (Instituto de Análises Laboratoriais Forenses).

Conforme a assessoria de imprensa da Sejusp(Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública), os reagentes já foram comprados, mas o Polimero, fundamental para o resultados dos exames de DNA, ainda não chegou, pois a empresa fornecedora é dos Estados Unidos e existe toda uma logística para a importação. Segundo a secretaria, até meados de julho o reagente deve chegar á Capital e o trabalho deve ser regularizado.

Um dos casos sem solução por falta do exame é de Marília Caballero, desaparecida há 12 anos. Uma ossada com prótese de silicone foi encontrada numa madeireira desativada no bairro Taveirópolis, mas ainda não é possível fechar o caso por falta do DNA que comprove se tratar de Marília. A confirmação encerraria angústia que a mulher tem vivido desde 2013, em busca de respostas. O delegado responsável pelo caso, Bruno Urban, da 6ª Delegacia de Polícia Civil informou que Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) pediu mais 120 dias para entregar o resultado dos exames, enquanto isso ele deve ouvir mais testemunhas sobre o caso.

Também estão prejudicados 41 exames para identificação de suspeitos de estupro, como por exemplo o de uma jovem de 18 anos, que apesar de ter denunciado os suspeitos logo após ter sofrido agressão sexual, ainda não os viu presos, porque o sêmen dos criminosos foi colhido, mas não pode ser processado pela falta do produto químico.

Outros 30 casos travados correspondem a identificações de vítimas de acidentes ou homicídios em que falharam outras formas de reconhecimento, como por exemplo as impressões digitais. Estão nesse rol as vítimas de um acidente com van de vendedores ambulantes de Três Lagoas, que pegou fogo em um acidente em Nova Andradina ano passado.

Demora - Outras denúncias demonstram deficiências na perícia em Mato Grosso do Sul. Um exemplo é o caso da bebê Elisa Lorena de Almeida, de três meses, que morreu no dia 22 de maio deste ano, no Jardim Caiobá. Os laudos periciais e necroscópicos, fundamentais para a conclusão das investigações, ainda não foram disponibilizados à polícia mesmo passados 38 dias da morte.

A delegada titular Christiane Grossi, da 6ª Delegacia de Polícia, responsável pelo caso, pediu prorrogação do prazo, que é de 30 dias a partir da data do caso, para a finalização o inquérito. A assessoria de imprensa da Sejusp(Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública) informou ao Campo Grande News, que o laudo será entrega ainda na tarde de hoje(30), e a que demora se deu porque a perícia teve de fazer exames complementares para descobrir as causas da morte da bebê.

A assessoria informou ainda que o caso é isolado, e normalmente os resultados dos laudos periciais são entregues no prazo de 30 dias, e em casos de presos em flagrante, os resultados saem em até 10 dias.

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