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Capital

“É nosso orgulho”: avós enfrentam pandemia e levam neta ao Enem

A menina foi criada pelos avós que a acompanharam até a porta do local de prova

Ana Paula Chuva e Bruna Marques | 17/01/2021 10:41
Elisabeth avó de Eduarda quis dar apoio à adolescente. (Foto: Marcos Maluf)
Elisabeth avó de Eduarda quis dar apoio à adolescente. (Foto: Marcos Maluf)

Aos 17 anos, Eduarda Pereira passa pela sua primeira experiência com o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Criada pelos avós desde os 11 dias de nascida, são eles que a acompanham até a porta do local da prova e afirmam que a adolescente é “o orgulho da família”.

O casal de idosos, parte do grupo de risco para o contágio pelo novo coronavírus, saiu de casa neste domingo especialmente para acompanhar a primeira neta para a prova para mostrar que a apoiam. Ela que foi criada pelos avós como filha, tem o sonho de cursar medicina e se preparou muito para este dia.

“Desde os cinco anos diz que vai ser médica. Ela é muito focada, sempre fecha o ano no 3º bimestre na escola e nesse ano de pandemia não foi diferente. O tempo passou e a bichinha cresceu. Estou apreensiva, mas é tudo no tempo de Deus.”, conta orgulhosa a avó Elisabeth Ferreira Domingos, 63 anos.

Emocionada, Elisabeth conta que criou a neta como filha e que a menina é um presente para a família, por isso acredita que o tiver que acontecer vai ser.

“Tenho muito orgulho porque vencemos. Ela sempre foi muito doente e hoje está ai. Mas falei para ela o que tiver que ser vai ser. Ela é um presente de Deus para mim. Deus preparou tudo”, diz a manicure emocionada.

Roberto também esteve presente para acompanhar Eduarda. (Foto: Marcos Maluf)
Roberto também esteve presente para acompanhar Eduarda. (Foto: Marcos Maluf)

As duas também são acompanhadas pelo balconista, Roberto Jorge Domingos, 62 anos. Avô de Eduarda ele diz que foi até o local para que a adolescente se sinta segura e que vai conseguir.

“Desde pequena criamos ela. Agora é uma moça inteligente e focada no que quer. Estamos aqui para apoiá-la como sempre fazemos. É uma força a mais para que ela s sinta segura. Eu não consegui chegar até aqui, mas ela chegou e a partir do momento que entrar com fé em Deus tudo vai dar certo”, desabafa o avô.

Eduarda quer cursar medicina. Criada pelos avós ela mora no Jardim Noroeste e chegou no local de prova com quase 2 horas de antecedência para evitar perder o horário. "Vou dar o meu  melhor”, disse a adolescente.

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