Epicentro das operações, sede da PF terá “upgrade” na segurança
Ponto de passagem de presos famosos, terminologia que inclui de ex-governador a chefão do crime que sequestra avião, a superintendência da PF (Polícia Federal) de Campo Grande vai dar um “upgrade” no sistema de segurança. Após revitalizar o circuito de monitoramento por câmeras, o investimento será em equipamentos para armazenar e recuperar as imagens. O prédio fica na Vila Sobrinho.
Lançado em abril, o pregão 6/2017 previa gastos de até R$ 68,9 mil, divididos em dois itens. Nesta quarta-feira (dia 21), o Diário Oficial da União trouxe o resultado de um dos itens, que previa teto de R$ 27.965, mas o valor foi de R$ 18.599, vencido por empresa com sede em São Paulo. O segundo item segue em análise.
Na justificativa para a licitação, a Polícia Federal informa que devido às características de suas atribuições necessita manter atualizados e em efetivo funcionamento o sistema de segurança e controle de acesso.
A PF já havia tentado adquirir o sistema em novembro de 2015, por meio de adesão
à ata de registro de presos da Universidade do Amazonas, mas faltou disponibilidade de crédito orçamentário para a aquisição.
Operações – No mês de março, Gerson Palermo, 59 anos, líder de quadrilha de tráfico de drogas, foi preso pela Polícia Federal na operação All In. Primeiro, ficou na superintendência da PF, mas, por motivo de segurança, foi levado para o presídio Jair Ferreira de Carvalho, a Máxima.
Palermo é piloto, acumula passagens pela polícia desde 1991 e chefe do tráfico de drogas. O crime mais ousado foi no ano 2000, com o sequestro de um Boeing da Vasp. Na denúncia recebida pela Justiça, o MPF (Ministério Público Federal) pede condenação criminal de 17 réus e a perda de 22 veículos, quatro aeronaves e três imóveis. O patrimônio da quadrilha foi calculado em R$ 7,5 milhões.
Desde 2015, quando foi deflagrada a primeira fase da operação Lama Asfáltica, a sede da PF também entrou no roteiro de políticos e empresários, como o ex-governador André Puccinelli (PMDB), o ex-deputado federal Edson Giroto e o empresário João Amorim. Nas quatro fases, a Lama Asfáltica aponta prejuízo de R$ 150 milhões.