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Equipes da prefeitura recolheram 175 pessoas nas ruas de Campo Grande

Capital

Equipes da prefeitura recolheram 175 pessoas nas ruas de Campo Grande

Ação é para evitar que essas pessoas contraim e também transmitam o coronavírus

Marta Ferreira | 26/03/2020 14:12
Guarca civil na escola do Bairro Antônio Barbosa, um dos locais que estão abrigando pessoas em situação de rua. (Foto: Kísie Ainoã)
Guarca civil na escola do Bairro Antônio Barbosa, um dos locais que estão abrigando pessoas em situação de rua. (Foto: Kísie Ainoã)

Já chega a 175 o número de pessoas em situação de rua recolhidas por equipes da prefeitura de Campo Grande, como parte da força-tarefa criada para conter o avanço do novo coronavírus. Todos estão sendo levados para quatro abrigos implantados em prédios públicos, entre eles duas escolas.

 De acordo com o prefeito Marquinhos Trad (PSD), essas pessoas passam por triagem de saúde estão sendo separadas entre as que apresentam algum tipo de sintoma de doença respiratória e os que não apresentam qualquer problema. Os que tiverem febre, por exemplo, serão submetidos ao teste para identificar a presença do vírus, segundo Marquinhos.

 “É uma forma de evitar a propagação da doença”, resume o prefeito. De acordo com ele, os moradores estão ficando nos lugares. “Lá eles tem cama, eles têm comida”, entende.

“Blitz” - A ação é coordenada pela SAS (Secretaria de Assistência Social) com participação da Sesau (Secretaria de Saúde Pública) e apoio da Guarda Civil Municipal. Na noite de ontem, durante operação no Centro, os moradores de rua foram recolhidos e dois chegaram a ser detidos, após discutir com os agentes de segurança.

Segundo as informações da SAS, de ontem para hoje foram levados para os abrigos 175 moradores de rua. Deles, 16 são idosos, grupo de risco por ser considerado mais arriscado a ter complicações em caso de contrair o coronavírus.

Não é obrigatório – Segundo informado, a ida para os abrigos públicos é facultativa.   “Antes de ser acolhida, a população de rua é orientada sobre higiene e prevenção do coronavírus, ainda nas ruas, na perspectiva do aceite e prevenção, neste período de enfrentamento a propagação do vírus”, afirma a secretaria.

 “A partir disso, a equipe do Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS), juntamente com a equipe técnica da SESAU, oferece acolhimento institucional, conforme previsto na Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais”, continua a explicação.

Para o Centro Dia, foram levados 16 idosos. (Foto: Kisie Ainoã)
Para o Centro Dia, foram levados 16 idosos. (Foto: Kisie Ainoã)

 Os locais foram divididos conforme a origem dos atendidos: população em situação de rua, idosos desabrigados por abandono, migrantes e pessoas sem residência ou pessoas em trânsito e sem condições de se sustentar.

 Nos espaços, são ofertadas, confirme divulgado, 4 refeições por dia, banheiros feminino e masculino, acompanhamento médico  e também profissionais que ficarão responsáveis por atividades para ocupar as pessoas acolhidas.

 O funcionamento está previsto durante todo o tempo de vigência do decreto de situação de emergência em razão da pandemia de corona vírus.

Onde -  Os locais definidos são o Cetremi (Centro de Triagem do Migrante e População em Situação de Rua), no Jardim Veraneio, para onde vão os casos mais graves, incluindo dependentes químicos, a escola municipal Padre. Tomaz Ghirardelli, no Dom Antonio Barbosa, dedicada a migrante e imigrante (homens mulheres e famílias); a escola municipal Doutor Plínio Barbosa Martins, no Jardim das Macaúbas, onde vão ficar moradores de rua e, por último,  o Centro Dia, exclusivo para idosos.

Matéria alterada às 22h09 a pedido da SAS para correção dos números.

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