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Capital

Estado pagará 50% de empréstimo, mas Santa Casa ainda cobra Bernal

Ângela Kempfer e Aline dos Santos | 05/07/2013 10:25
Coletiva na manhã de hoje apresentou números da Santa Casa.
Coletiva na manhã de hoje apresentou números da Santa Casa.

De R$ 80 milhões em empréstimo solicitado para por fim ao caos financeiro na Santa Casa, o governo estadual confirmou que irá arcar com 50%. A ideia é pagar em 84 parcelas no valor R$ 1,5 milhão, que no fim somaram R$ 126 milhões. O Estado se comprometeu a pagar metade do valor mensal da prestação.

“Tivemos a anuência por parte do governo, assumindo 50% do valor da parcela”, confirma Wilson Teslenco, presidente da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), entidade que retomou a administração do hospital há 2 meses.

A dívida total hoje é de R$ 120 milhões, mas R$ 40 milhões são de divida de longo prazo. “Precisamos da diferença para pagar dividas de curto prazo”, explica Teslenco.

Nessa relação de débitos mais urgentes, já pagamente de empréstimos com juros maiores que o pleiteado agora e também dívidas com fornecedores.

O governo estuda se vai publicar decreto para autorização do empréstimo ou se irá enviar a solicitação como projeto de lei à Assembleia Legislativa.

Agora, a direção quer garantir junto à prefeitura o compromisso com os outros R$ 40 milhões. As conversas continuam, mas não há uma sinalização mais firme sobre a possibilidade do prefeito Alcides Bernal assinar acordo para arcar com a outra parte do financiamento.

Para a Santa Casa, o poder público tem de arcar com a divida porque foi o responsável pela intervenção no hospital durante 5 anos. Só em tributos federais que não foram pagos são R$ 20 milhões.

“O Estado e a Prefeitura pagando valor, vão finalizar o processo de intervenção judicial”, avalia o presidente da associação.

O empréstimo será solicitado à Caixa Econômica Federal e a expectativa é por liberação em 40 dias. Não será colocado nenhum bem como garantia, mas o não pagamento do financiamento poderá suspender o repasse de recursos do SUS à Santa Casa.

O hospital vem mês a mês trabalhando no vermelho, negociando pagamentos.

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