Falso pedreiro, homem monitorava casas em condomínios de luxo antes de furtos
Polícia prendeu cinco pessoas envolvidas em furtos de mais de R$ 500 mil em condomínios de luxo
Para ter sucesso nos furtos, a quadrilha presa nesta quinta-feira (28), em Campo Grande, suspeita de furtar mais de R$ 500 mil em joias, monitorava a rotina das vítimas e a segurança dos imóveis de luxo através de um dos criminosos. "Um deles exercia a atividade de pedreiro, mas já no intuito de obter informação e avaliar eventuais atividades do sistema de segurança do condomínio", explicou o delegado Fábio Brandalise.
Ontem, após investigação, a Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos) chegou aos criminosos, que são acusados de furtar casas em três condomínios de luxo, o Golden Gate, Damha e Terraville. Entre os presos, estão mãe e filho. Na manhã desta sexta-feira (29), o delegado conversou com a imprensa e explicou como a quadrilha atuava.
Brandalise explicou que com a atuação do pedreiro, o grupo conseguia informações privilegiadas. "A partir desse monitoramento que o pedreiro fazia, às vezes, por meses trabalhando em determinadas obras dentro dos condomínios, eles planejavam o crime. Escolhiam aquela residência que acreditavam que pudesse ter objetos de valor e que seria mais fácil entrar", afirmou. "O próximo furto seria no Alphaville, onde um deles foi preso ontem. Ele estava trabalhando como pedreiro e monitorando o local."
Parte dos itens furtados foi recuperado nas casas dos criminosos, na região sudeste de Campo Grande, no entanto, outros objetos foram vendidos em São Paulo. Com o dinheiro, o grupo conseguiu comprar um veículo Ford Fusion, na capital paulista, onde eram vendidas as joias furtadas no mercado paralelo, e uma caminhonete Strada, que adquiriu em Campo Grande.
Cinco pessoas foram presas por associação criminosa: Solange Ferreira Lima, 47 anos, o filho dela, Luiz Gustavo Brunetto, 24 anos, Valdeir Pereira de Moraes, 27 anos, Rafael Ferreira Dernandes, 27 anos, e Bruno Norberto Artur, 21 anos. Eles passarão por audiência de custódia na Justiça nesta sexta-feira (29), para definir se ficarão presos esperando o andamento do inquérito ou se poderão responder em liberdade.
Investigação - Conforme a investigação, o grupo invadia os condomínios nos sábados e feriados utilizando geralmente terrenos baldios, que dão acesso aos residenciais. Em um dos casos, por exemplo, registrado no Condomínio Golden Gate, no Carandá Bosque, pelo menos quatro membros da quadrilha, em VW Gol prata, desembarcaram e acessaram o condomínio por um terreno baldio aos fundos. Eles cortaram a concertina e entraram em uma das residências.
A suspeita da polícia é de que a quadrilha já furtou, no total, joias avaliadas em mais de R$ 500 mil, que foram comercializadas para ourives no Estado de São Paulo. Entre os objetos levados pelos bandidos, estão armas de grosso calibre, munições, R$ 70 mil em dinheiro, dez mil dólares e cinco mil euros, joias bijuterias, televisores e caixa de som.