Filial do Hospital do Câncer, unidade será inaugurada 4ª feira na Capital
Filial do Hospital do Câncer de Barretos, referência nacional no tratamento contra a doença, o Instituto de Prevenção Antônio Morais dos Santos abre as portas na próxima quarta-feira em Campo Grande. Também já está na Capital a unidade móvel, que vai circular pelos bairros.
A inauguração será às 9h do dia 14. Antes, o diretor do Hospital do Câncer de Barretos, Henrique Prata, e a família Morais, que doou o dinheiro para a construção do imóvel e aquisição da carreta, participam de entrevista coletiva.
Localizado na avenida Thirson de Almeida, bairro Aero Rancho, a unidade foi erguida com a doação de R$ 12 milhões desembolsada pelo pecuarista Antônio Morais dos Santos. O instituto terá capacidade para realizar 8 mil procedimentos por mês. Serão oferecidos exames para rastrear o câncer.
O instituto tem foco no diagnóstico e prevenção, sem tratamento contra o câncer. Para fazer o procedimento, o paciente deve se enquadrar na faixa etária em que os exames preventivos são recomendados. A unidade será “portas abertas” e com atendimento 100% pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
Os serviços prestados serão: exames para rastrear de câncer de colo uterino, com tratamento de lesões precursoras; câncer de mama, com realização de mamografia digital, estereotaxia, ultrassonografia e core biopsy (técnica de biópsia); diagnóstico de câncer de próstata, com realização de PSA, ultrassonografia e biópsia guiada. Os casos de câncer diagnosticados serão encaminhados aos serviços de referência para tratamento oncológico das redes municipal e estadual de Saúde.
A doação milionária foi oficializada em agosto de 2011. Na ocasião, o pecuarista declarou que há muito tempo queria fazer um hospital do câncer para atender a população menos favorecida.
Em 2010, Antônio Morais doou R$ 15 milhões para o Hospital do Câncer de Campo Grande, administrado pela Fundação Carmem Prudente. Passado um ano, ele desistiu do projeto. A principal exigência não atendida pela direção foi a garantia de que o prédio não pudesse ser usado para outra finalidade, nem vendido ou penhorado.
Neste ano, o Hospital do Câncer da Capital teve a direção substituída após denúncias da operação Sangue Frio, realizada pela PF (Polícia Federal). A unidade hospitalar é investigada no esquema conhecido como “Máfia do Câncer”. O grupo de médicos é suspeito de desmontar o atendimento na rede pública para privilegiar o setor privado.