Fogo e água são perigos que rondam quem passa mais tempo em casa
No último fim de semana, criança de 6 anos morreu afogoda e mulher de 55 anos sofreu queimaduras graves após explosão em cozinha
No fim de semana, dois casos de acidente doméstico envolvendo água e fogo chamaram atenção. Em um deles, uma criança de 6 anos morreu afogada ao tomar banho numa geladeira improvisada como piscina. No outro, uma mulher de 55 anos teve parte do corpo queimado após a mangueira do fogão escapar e causar uma explosão. Ela está internada em estado grave no CTI (Centro de Terapia Intensiva) da Santa Casa. Os perigos, segundo o Corpo de Bombeiros, podem ser evitados com cuidados simples, principalmente quando envolvem crianças.
Conforme o tenente-coronel Fernando Carminatti, relações públicas do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, qualquer recipiente representa perigo para crianças, que podem se afogar com apenas 2,5 centímetros de água. Muitos afogamentos acontecem dentro de casa, em banheiras ou em baldes utilizados para a limpeza. “A criança sempre deve ser supervisionada por um adulto”, disse.
Porém, não basta apenas acompanhar. A atenção deve ser redobrada. Se tiver numa piscina, por exemplo, a distância segura é o alcance do braço do pai ou da mãe. “Nunca deve ficar distante de uma criança, ter que ter muita atenção, principalmente agora, período de festas de fim de ano, que as famílias bebem e acabam descuidando das crianças. A gente tem relatos de afogamentos até em privadas”, alertou.
Falsa segurança - O tenente-coronel também chama atenção para a questão do uso de boias, coletes e outros equipamentos infláveis. Esses objetos passam uma ideia falsa de segurança, pois podem estourar ou virar (no caso da boia) a qualquer momento. “Mesmo se tiver com esses equipamentos, a criança nunca deve ficar sozinha”, reforçou.
Os cuidados também devem ser redobrados quando o assunto é cozinha, posição do fogão e troca de gás. “Jamais deve passar a mangueira por trás do fogão, o calor pode danificar o plástico e provocar vazamentos, incêndios", explicou Carminatti. Ao sentir cheiro de gás em casa, segundo o tenente-coronel, feche o registro do gás e não acione interruptores de eletricidade.
Se o ambiente for fechado, abra as janelas e as portas para permitir que o gás se dissipe, saia do ambiente e não produza faísca com isqueiro ou fósforos. As mangueiras de gás e o regulador têm prazos de validade que devem ser observados com frequência. Normalmente são cinco anos. Outro alerta é durante a troca do botijão.
Faça o teste de vazamento, passando uma esponja com água e sabão no encontro da válvula com o regulador de pressão. Se formarem bolhas de sabão, refaçam a operação de instalação, apertando bem com as mãos. “Nunca utilize outros produtos para fazer o teste”, reforçou o tenente-coronel.
