Fumaça de queimadas derruba qualidade do ar e interfere na rotina
O último registro de chuva em Campo Grande foi no dia 10 de julho, ainda assim praticamente insignificante
A combinação tempo seco e queimadas tem deixado a qualidade do ar muito ruim e interferido na rotina de muita gente. Nesta manhã, a cidade amanheceu com temperatura amena e coberta por fumaça dos incêndios registrados quase que diariamente nas áreas urbanas de Campo Grande.
Ontem, a umidade relativa foi de 16%, a Capital ficou entre as dez cidades mais secas do País. O ideal para a saúde é que o índice de umidade relativa do ar fique em torno de 60%. Abaixo disso, irritações, alergias e doenças respiratórias ficam mais propícias.
Conforme o professor Rogério da Silva, de 23 anos, trabalha com a voz e o tempo seco acaba prejudicando muito e atacando principalmente a rinite. “Isso interfere na rotina da gente. Lá na escola também tem vários alunos que estão bem ruins. Para tentar amenizar esses problemas eu coloco um umidificador na minha sala de aula. Mas aqui fora não tem como evitar a fumaça e o tempo seco. Além disso, a gente acaba gastando bastante com medicação”, contou. Esperando a frente fria, ele já saiu de casa agasalhado.
Ele disse que notou uma piora na qualidade do ar da semana passada para cá. Não melhorou nem um dia. “Ontem, eu dei aula o dia todo e estou sofrendo bastante por causa do tempo seco”, afirmou. O último registro de chuva na cidade foi no dia 10 de julho, ainda assim praticamente insignificante, com volume de 0,2 milímetro.
Hoje pode chover, conforme o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). A previsão é de muitas nuvens com pancadas de chuva e trovoadas isoladas com temperatura máxima na casa dos 25ºC.
Segundo a auxiliar de limpeza Elisângela Souza da Cunha, de 48 anos, no hospital onde trabalha há vários pacientes internados com problema de pulmão. “Por causa do tempo seco, eu sinto muito cansaço e a respiração fica pesada. De ontem para hoje percebi que a fumaça tem ficado mais intensa em toda a cidade”, pontuou. Ela mora no Jardim Oliveira II e lá as queimadas tomaram conta dos terrenos.
Para tentar amenizar essa situação, Elisângela joga muita água no quintal, à noite coloca um balde com água no quarto e liga o ventilador para dar uma ventilada no ambiente. Segundo o meteorologista Natálio Abrahão Filho, essa fumaça e poeira já estavam previstas para a cidade. “Mas a partir de hoje o tempo vai mudar com a chegada da frente fria.
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