Funcionário de farmácia diz que foi agredido por cabo eleitoral em briga por som
Caso aconteceu na manhã deste sábado, em frente a uma drogaria, na Avenida Tamandaré
O supervisor de uma rede de farmácias, Jairo Eduardo da Silva, disse que foi agredido por um cabo eleitoral, de candidato à reeleição a deputado estadual, em discussão por som alto. O caso aconteceu na manhã deste sábado (10), em frente a uma drogaria, na Avenida Tamandaré, na Vila Planalto, em Campo Grande.
Jairo falou com a reportagem, enquanto aguardava para registrar boletim de ocorrência por lesão corporal, na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro. Segundo ele, todo sábado, faz plantão da saúde em frente à farmácia, onde trabalha com serviços voluntários à população como aferição de pressão e orientação.
Porém, nesta manhã, o carro de som utilizado por uma equipe que fazia campanha política na esquina do estabelecimento estava muito alto, atrapalhando o atendimento. Ele, então, foi pedir para abaixar o volume do som, quando começou a discussão.
Jairo disse que foi agredido com murro nos olhos por um dos cabos eleitorais e, ainda, sofreu ferimentos na mão durante a confusão. “Eu fiquei bastante assustado, sempre prestamos atendimento e nunca aconteceu isso”, lamentou.
Outro lado - O cabo eleitoral citado na matéria é o comerciante Carlos Pontes, de 57 anos. Ele disse fazer campanha voluntariamente para um candidato à vaga na Assembleia Legislativa e um dos postulantes na disputa pelo Governo.
Carlos garante que não houve agressão física. Ele alega que o funcionário da farmácia se machucou ao tentar jogar nele uma caixa de som. “Houve agressão verbal, mas não encostei nenhum dedo nele”, afirmou. Carlos disse que também vai registrar boletim de ocorrência por injúria e difamação contra Jairo.
O comerciante diz que vai provar que não houve agressão, com imagens de câmeras de celulares e testemunha. “Ele [Jairo] chegou ofendendo as meninas do grupo. Não quis ouvir nenhuma explicação. Tomei as dores, tomei parte da coisa, não acho que nenhum homem deve agredir uma mulher verbalmente, me alterei porque ele passou a xingar e ofender todo mundo”, contou.
Carlos afirmou que também vai solicitar judicialmente as imagens de câmeras de segurança da farmácia para “colocar tudo em pratos limpos”. "A gente estava fazendo uma manifestação política, temos autorização da Justiça. Tentamos explicar para ele que a gente já ia sair dali, mas não teve jeito", destacou.