Governo e Prefeitura divergem sobre valor de repasses atrasados à Saúde
Município afirma que são R$ 21 milhões em atraso, já o Estado diz que são R$ 8 milhões
Enquanto o secretário de Saúde de Campo Grande, Marcelo Vilela, afirma que o Governo do Estado deixou de enviar R$ 21 milhões para o setor na Capital, o titular estadual da pasta, Nelson Tavares, contesta este valor e diz que o atraso está em cerca R$ 8 milhões.
Ambos participaram, na manhã desta quinta-feira (3), de reunião com administradores do Hospital Adventista do Pênfigo, que propõe ao Poder Público um consórcio para utilização de leitos da instituição por pacientes do SUS (Sistema Único de saúde).
Vilela saiu antes do fim do encontro e não falou com a imprensa, pois disse estar atrasado para uma reunião na secretaria de Finanças, resumindo-se apenas a relatar que o Estado deve R$ 21 milhões em repasses atrasados ao município.
Nelson Tavares, chefe da Secretaria de Estado de Saúde, confirmou o atraso no envio dos valores, entretanto não atesta os números apresentados pela Prefeitura.
“A última avaliação que eu tenho da semana passada nós estávamos em atraso com o município de Campo Grande de R$ 8 milhões, mas não sei se foi pago algo mais desde então”, explica Tavares.
O secretário, porém, diz que não há atraso em áreas estratégicas como subsídios para medicamentos e repasses para hospitais. “São coisas que impactam diretamente na assistência à população. No interior é a mesma coisa”, complementa.
O administrador da Saúde em Mato Grosso do Sul alega que os atrasos ocorrem por causa das dificuldades financeiras do governo, mas promete colocar as contas em dia ainda neste mês de agosto.
“O que está acontecendo é que o Governo está absolutamente tendo dificuldade de fazer os outros pagamentos além da folha. O estado passou até ontem 20 dias juntando todo dinheiro que ele arrecada para pagar folha”, justifica Tavares.
“Ontem estive com o governador e estamos montando uma estratégia para neste mês fazer um esforço muito grande de colocar esses recursos em dia”, conclui.