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Greve suspende serviços de entrega rápida dos Correios

Sabrina Craide, da Agência Brasil | 14/09/2011 15:12
Funcionários dos Correios se concentram em frente da agência central em Campo Grande. (Foto: Simão Nogueira)
Funcionários dos Correios se concentram em frente da agência central em Campo Grande. (Foto: Simão Nogueira)

Os serviços de entrega rápida dos Correios, como Sedex Hoje, Sedex 10 e Disque Coleta, estão suspensos temporariamente por causa da greve dos funcionários da estatal, que começou hoje (14). Segundo o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, a entrega de cartas e encomendas comuns continuará sendo feita, mas poderá haver atrasos.

De acordo com dados da empresa, até as 12h de hoje, cerca de 32% dos 109 mil trabalhadores dos Correios aderiram à paralisação. Segundo Pinheiro, os funcionários que estão em greve terão o ponto cortado. “Greve é um direito das pessoas, mas quem faltar ao trabalho terá o dia cortado”, disse.

A greve é por tempo indeterminado. Os funcionários dos Correios reivindicam 7,16% de reajuste salarial, referente à inflação, reajuste dos vales refeição e alimentação e aumento real de R$ 400. Além disso, os empregados querem que o piso salarial, que hoje é de R$ 807, passe para R$ 1.635.

A empresa apresentou proposta de reajuste salarial de 6,87%, relativo à inflação entre julho de 2010 e agosto de 2011, abono salarial de R$ 800, aumento de R$ 50 para todos os funcionários a partir de janeiro e reajuste do vale-alimentação acima da inflação. Com o início da greve, a oferta foi retirada. “Enquanto a greve persistir, não haverá mais negociação. Retiramos a proposta e só voltamos a negociar com a suspensão da greve”, disse Pinheiro.

Ele disse também que a proposta apresentada foi o limite orçamentário do que poderia ser oferecido pelos Correios e que a diretoria da empresa ainda está analisando se vai entrar na Justiça contra a paralisação dos trabalhadores.

De acordo com Saul da Cruz, do comando de negociações da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), 34 dos 35 sindicatos de trabalhadores do país aderiram à greve. Cruz alerta que algumas agências franqueadas continuam atendendo a população, mas não há garantia de que as encomendas serão entregues, já que os carteiros estão em greve.

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