Grupo dos Excluídos se reúne em cruzamento e aguarda fim do desfile
Manifestantes pedem justiça social, com pautas sobre demarcação indígena e contra alta taxa de juros
À espera do fim do desfile pelo Dia da Independência, grupo já começa a se concentrar para o tradicional Grito dos Excluídos. O tema deste ano é “Você tem fome de quê?”, os manifestantes também irão protestar contra taxação de juros, violência contra mulheres e pela demarcação de terras indígenas.
Por enquanto, cerca de 20 pessoas se concentram no cruzamento das ruas Barão do Rio Branco e 13 de Maio. O presidente do diretório municipal do PT em Campo Grande, Agamenon do Prado, disse que espera a participação de pelo menos 100 pessoas no protesto.
Prado diz que, por enquanto, a intenção é que o grupo fique concentrado no cruzamento, mas ainda não está descartado fazer o mesmo percurso do desfile, ao final da passagem dos militares e estudantes.
“Nós estamos discutindo a distribuição de renda no país, lutando pela concretização da democracia. Nós queremos uma pátria para todos e para todas, sem preconceito, lutando para que o país não tenha miséria, queremos país democrático que dê condições de estudo e de trabalho para toda população”, explicou Prado.
O grupo também está no local para defender a demarcação de terras indígenas. "Tem terra suficiente para atender o pequeno e o grande agricultor, mas também tem que preservar a terra dos povos originários e quilombolas", disse.
Ainda está sendo aguardada a chegada de outros integrantes de partido de esquerda, além de representantes do movimento de luta das mulheres e indígenas.
O estudante Jean Ferreira, 24 anos, já está no local. “Eu tenho fome social de ver o Brasil, a economia servindo ao povo e trazendo oportunidades para as pessoas, SUS fortalecido, rede de saneamento básico, ver a juventude ocupando o espaço”, disse. “Mas, principalmente, tenho fome de reconstrução do Brasil”.
A acadêmica Kamilly Vitória Gomes da Silva, 20 anos, fala da importância da visibilidade nas manifestações. “É uma população que não está sendo escutada”. Também cita da inclusão de todos na educação, “conseguir fazer com que estudantes que entram na faculdade, permaneçam na faculdade”.
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