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Capital

Homem morto à facada por companheira era vítima constante de violência doméstica

Reginaldo Paes foi morto pela mulher, que alegou sofrer humilhações, versão contestada pela Polícia Civil

Silvia Frias e Mirian Machado | 01/02/2022 13:35
À beira da cama, manchas de sangue no local onde vítima foi encontrada, agonizando. (Foto: Henrique Kawaminami)
À beira da cama, manchas de sangue no local onde vítima foi encontrada, agonizando. (Foto: Henrique Kawaminami)

A Polícia Civil identificou que Reginaldo Amaral Paes, 39 anos, era vítima de violência doméstica praticada pela mulher, diarista de 48 anos. Ele foi morto a golpes de faca de serra na terça-feira (25). A alegação dada por ela é que havia se cansado de humilhações sofridas durante 10 anos de casamento.

No dia do crime, os policiais militares encontraram a vítima no colo da mulher, agonizando, enquanto ela passava pomada no tórax dele, e dizia “não fui eu, não fui eu”. Depois, confessou o crime.

“Esse é um caso pontual, é o inverso”, destacou o delegado Ricardo Meirelles Bernardinelli, adjunto da 3ªDP (Delegacia de Polícia). Com base na coleta de provas e no relato de testemunhas, a investigação aponta que Paes era agredido.

Irmã de vítima contestava versão de cunhada. (Foto: Henrique Kawaminami)
Irmã de vítima contestava versão de cunhada. (Foto: Henrique Kawaminami)

Pelos relatos dados à polícia, ele era agredido constantemente em público, com tapas no rosto, e até na frente dos pais dele. As brigas também eram recorrentes quando a mulher estava alcoolizada.

Conforme apurado anteriormente pelo Campo Grande News, a família de Paes via com reservas o relacionamento, pedia para ele se separar, mas Paes dizia que preferia continuar com a diarista.

“Ela havia tentado fugir, mas com muito custo, conseguiu segurá-la”, disse o delegado, explicando que essa situação ocorreu no dia do crime.

No dia da morte de Reginaldo Paes, ela havia bebido e, de acordo com delegado, estava nervosa e acabou matando o companheiro. “Ela já tinha ameaçado ele antes, dizendo ‘uma hora vou te matar’; foi comprovado nos autos que ela não deu chance de defesa”, explicou Meirelles.

A mulher chegou a ser detida no dia do crime e, depois de passar por audiência de custódia, foi colocada em liberdade. Em juízo, a diarista preferiu se manter quieta e não confirmou o depoimento prestado quando foi presa.

A família de Paes contestava a versão, conforme reportagem do Campo Grande News feita com a irmã dele, no dia do velório, realizado na casa da mãe, no Jardim Noroeste.

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