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Capital

Homem que matou esposa se diz arrependido: "não acredito que fiz isso"

Delegada Elaine Benicasa afirmou que prisão preventiva foi decretada e suspeito continuará atrás das grades

Dayene Paz e Ana Beatriz Rodrigues | 16/01/2023 10:19
Elaine Benicasa durante entrevista coletiva nesta manhã. (Foto: Marcos Maluf)
Elaine Benicasa durante entrevista coletiva nesta manhã. (Foto: Marcos Maluf)

Em depoimento à polícia, Hércules José Andrade, de 43 anos, alegou estar arrependido de ter esfaqueado a esposa Claudineia Brito da Silva, de 49 anos, que morreu na sexta-feira, 13 de janeiro. "Não acredito que fiz isso", disse durante o interrogatório. O homem teve a prisão preventiva por feminicídio decretada e continuará atrás das grades.

A informação foi repassada pela delegada titular da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), Elaine Benicasa, que fez breve relato sobre o caso durante coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (16). Segundo a delegada, os dois não tinham filhos em comum e conviviam juntos há 17 anos.

Na tarde de sexta-feira estavam ingerindo bebidas alcoólicas, quando houve discussão. "Em determinado momento ela desferiu um tapa no rosto do suspeito, que pegou uma faca e passou no pescoço dela", relata Benicasa. Assim que fez o corte, o homem "caiu em si", nas palavras da polícia.

Ele então saiu no terreno, chamando uma tia e um primo que moram perto. "Tentaram estancar o sangue, sendo que ele mesmo chamou o Corpo de Bombeiros e a polícia", comenta Benicasa. Diferente de todos os casos de feminicídio, segundo a delegada, Hércules esperou o socorro na residência, mesmo sabendo que seria preso.

Claudineia foi socorrida, mas não resistiu e morreu no hospital. Hércules foi preso, interrogado e passou por audiência de custódia neste domingo (15), onde sua prisão preventiva foi decretada. Segundo a polícia, havia boletim de ocorrência envolvendo o casal, de vias de fato e ameaça. Também havia contra ele boletim referente à outra vítima, de ameaça.

Benicasa, na oportunidade, destacou a importância da denúncia e da vítima manter as decisões da Justiça, como o caso da medida protetiva. Também frisou que os 12 casos de feminicídio do ano passado, em Campo Grande, foram solucionados com prisão dos suspeitos, exceto dois em que houve feminicídio seguido de suicídio.

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