Ibama e PF apreendem madeira retirada de terra indígena
Proprietário de uma das áreas foi autuado em flagrante e multado no valor de R$ 20 mil
Equipe do Ibama, junto com a Polícia Federal e Funai, fez a apreensão de madeira e derrubaram acampamentos na manhã desta segunda-feira (4) em Mato Grosso do Sul. A fiscalização aconteceu em três fazendas que ficam nos arredores da Terra Indígena Kadiwéu, localizada entre Corumbá e Porto Murtinho.
Foram identificadas três áreas com exploração de madeira das espécies aroeira e angico, nas fazendas São Salvador, São Sebastião e Xamacoco, próximas às aldeias Alves de Barros e Campinas.
Na Fazenda São Salvador, que pertence a um indígena, foi encontrado acampamento com três pessoas não indígenas que estavam realizando a exploração da madeira, em uma área de cerca de um hectare de mata fechada.
O indígena foi autuado em flagrante no valor de R$ 20 mil. Além disso, no acampamento foram entrados motosserras, um trator e um contêiner de óleo diesel de mil litros. Na Fazenda São Sebastião, localizada na Aldeia Campinas, foi encontrada lenha abandonada, por exploração ilegal, não sendo possível identificar as pessoas responsáveis.
Na última fazenda envolvida, a Xamacoco, a fiscalização encontrou acampamento que foi abandonado com a chegada da fiscalização. No local havia tocos e palanques de aroeira que estavam sendo exploradas, cerca de 26 árvores de aroeira e uma de ipê. Não foram localizados os responsáveis que, de acordo com informações no local, foram contratados por indígenas da Aldeia Alves de Barros.
A Terra Indígena Kadiwéu possui em torno de 560 mil hectares, é composta por seis aldeias indígenas das etnias kadiwéu e terena, possui extensas áreas de remanescentes florestais e está inserida nos biomas Cerrado e Pantanal. A exploração e o comércio ilegal de madeira são recorrentes na região, segundo o Ibama.
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