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Capital

Investigados teriam enganado banco para conseguir R$ 98,5 milhões

Paulo Yafusso | 14/05/2016 17:30
As investigações da Fazendas da Lama estão sendo feitas pela Polícia Federal, CGU (Controladoria-Geral da União) e Receita Federal (Foto: Fernando Antunes)
As investigações da Fazendas da Lama estão sendo feitas pela Polícia Federal, CGU (Controladoria-Geral da União) e Receita Federal (Foto: Fernando Antunes)

As investigações da Operação Fazendas de Lama apontam que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) foi enganado na época em que Edson Giroto era o secretário estadual de Obras, para a liberação de recursos para execução de obra na rodovia MS-430. Os Relatórios de Desempenho encaminhados ao Banco para a liberação de parcela de R$ 98,5 milhões, segundo o que foi apurado, apresentavam dados superfaturados e “serviços indevidamente atestados”.

“Entendemos estar demonstrado que o BNDES foi induzido em erro em virtude de apresentação de dados ideologicamente falsos (resumos de boletins de medição com valores não correspondentes aos serviços efetivamente realizados) para obtenção de vantagem indevida, no caso, a liberação das parcelas seguintes do financiamento e aprovação das prestações de contas”. Para os investigadores, trata-se de um estelionato contra a instituição financeira.

De acordo com a investigação, o BNDES foi induzido a erro ao confiar nas planilhas que apresentavam valores superfaturados. Verificou-se também indício de direcionamento na licitação para que a empresa Proteco vencesse a concorrência para a implantação de 10 km de pavimentação da rodovia MS-430, entre São Gabriel do Oeste e Coxim.

O relatório da investigação diz ainda que os quatro lotes do projeto referente a MS-430 “apresentam informações divergentes da realidade apresentada nos boletins de medição emitidas pela Agesul acerca das quantidades e qualidade de diversos serviços executados na obra, principalmente: cortes, aterros e enleivamentos”.

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