Irmã de bebê que está em coma na Santa Casa é levada para abrigo
Menina estava na casa da avó desde a prisão da mãe, de 19 anos, e do padrasto, na semana passada
A irmã do bebê de 2 anos e 5 meses, que segue internado em estado gravíssimo na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da Santa Casa de Campo Grande, foi levada para um abrigo, na terça-feira (13). A menina estava na casa da avó desde a prisão da mãe, de 19 anos, e do padrasto. Eles são investigados por tentativa de homicídio.
Na semana passada, em uma casa humilde no Jardim Los Angeles, a avó das crianças conversou com a reportagem, logo após a prisão da filha. Além da angústia, ela contou que havia ficado com a neta de 4 anos, irmã do bebê internado, e as despesas aumentaram.
A filha a ajudava financeiramente com as diárias domésticas que fazia. O benefício do Bolsa Família de R$ 600 e os R$ 400 que o marido consegue com bicos como pedreiro não dão para todas as despesas. Com dois filhos pequenos, o casal tentava sobreviver de doações.
Nesta manhã, por telefone, uma vizinha atendeu o telefone da avó e disse que ela não queria falar sobre o assunto, mas confirmou que a menina havia sido levada para um abrigo. Indagada sobre o motivo, a mulher disse: "Deve ser por causa da aparência. Ela é humilde, mas sempre cuidou muito bem dos netos", afirmou a mulher.
Conforme a SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social), a Justiça decidiu a volta da criança para a unidade de acolhimento, mas não informou o motivo, comunicando apenas que foi uma determinação.
Quanto ao bebê internado, o menino segue em coma respirando por aparelhos. "Não tem mais esperança. O médico disse que não tem expectativa nenhuma de sobrevivência", afirmou a tia, irmã do pai da criança.
Crime - O caso chegou ao conhecimento das autoridades no dia 23 de janeiro, depois que a criança de 2 anos deu entrada na Santa Casa com sinais evidentes de agressão e traumatismo craniano. A mãe disse que o menino havia caído da escada, mas exames clínicos constataram lesões no pulmão, acúmulo de líquido e hematoma no abdômen, além de escoriações nos membros inferiores.
Na semana passada, a mãe e o padrasto da criança foram presos por tentativa de homicídio. O mandado de prisão expedido é temporário, ou seja, com data prevista para terminar. Contudo, o período de prisão não foi informado pela DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), que investiga o caso. O casal nega que tenha agredido o bebê.
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