"Nem imagino perder minha filha", diz avó de bebê em coma após prisão de jovem
Mãe de bebê acabou presa por suspeita de tentativa de homicídio contra o filho de 2 anos
"Já estou perdendo meu neto, não consigo nem imaginar perder minha filha também. Minha cabeça não para de pensar nisso". A frase é de uma mulher, de 44 anos, avó da criança que está internada em estado gravíssimo na Santa Casa de Campo Grande. A filha dela acabou presa junto com o padrasto da criança, na manhã desta quinta-feira (1º). Eles são investigados por tentativa de homicídio.
Na casa humilde no Jardim Los Angeles, a avó conversou com a reportagem do Campo Grande News nesta manhã, logo após a prisão da filha. Além da angústia, ela conta que ficou com a outra neta de 4 anos, irmã do bebê internado, e as despesas aumentaram. A filha a ajudava financeiramente com as diárias domésticas que fazia.
O benefício do Bolsa Família de R$ 600 e os R$ 400 que o marido consegue com bicos como pedreiro não dão para todas as despesas. Com dois filhos pequenos, o marido e a neta, a família tenta sobreviver de doações.
Sobre a situação do neto, ela afirma não acreditar que a filha cometeu agressões contra o bebê. "Ama demais as crianças. Já deu palmadas nos dois, mas naquele jeito de mãe, bate e adula depois", afirma.
Ainda, informou que o neto não tem chances de sobreviver. O protocolo de morte encefálica está em andamento.
Entenda - O caso chegou ao conhecimento das autoridades no dia 23 de janeiro, depois que a criança de 2 anos deu entrada na Santa Casa com sinais evidentes de agressão e traumatismo craniano. A mãe disse que o menino havia caído da escada, mas exames clínicos constataram lesões no pulmão, acúmulo de líquido e hematoma no abdômen, além de escoriações nos membros inferiores.
Na manhã desta quinta-feira (1º), a mãe e o padrasto da criança foram presos por tentativa de homicídio. O mandado de prisão expedido é temporário, ou seja, com data prevista para terminar. Contudo, o período de prisão não foi informado pela DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), que investiga o caso. O casal nega que tenha agredido o bebê.
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