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Capital

"Não tem mais volta", diz avó sobre morte encefálica de bebê espancado

Mãe e padrasto foram presos e são investigados por tentativa de homicídio

Por Dayene Paz e Viviane Oliveira | 01/02/2024 10:05
Criança em maca da Santa Casa, onde recebe atendimento. (Foto: Direto das Ruas)  
Criança em maca da Santa Casa, onde recebe atendimento. (Foto: Direto das Ruas)

"Só estão esperando o coraçãozinho parar. Não tem mais volta", lamenta a avó materna do bebê de 2 anos, em coma desde o dia 23 de janeiro, data em que deu entrada na Santa Casa de Campo Grande. Hoje, depois da prisão da filha, acusada de tentativa de homicídio, a mulher de 44 anos garante que agora é só esperar, porque a morte da criança já é dada como certa: "desenganaram ele".

Nesta quarta-feira (31), a avó foi avisada pelos médicos sobre o protocolo de morte encefálica, o segundo aberto desde a entrada da criança. O primeiro, finalizado no início desta semana, foi inconclusivo. O bebê teve mais uma chance, mas não reagiu, conta a avó. A mulher agora cuida da irmã do garotinho, que tem 4 anos e vive com ela no Jardim Los Angeles.

Em depoimento à polícia, a avó da criança disse que sempre teve uma boa relação com a filha, que ficou grávida aos 15 anos, e desacredita que ela tenha agredido o garotinho. Para a mulher, o agressor é o padrasto. Agora, a mulher está apreensiva em relação à segurança da filha, pois vizinhos ameaçaram linchá-la.

Entenda - O caso chegou ao conhecimento das autoridades no dia 23 de janeiro, depois que a criança de 2 anos deu entrada na Santa Casa com sinais evidentes de agressão e traumatismo craniano. A mãe disse que o menino havia caído da escada, mas exames clínicos constataram lesões no pulmão, acúmulo de líquido e hematoma no abdômen, além de escoriações nos membros inferiores.

Na manhã desta quinta-feira (1º), a mãe e o padrasto da criança foram presos por tentativa de homicídio. O mandado de prisão expedido é temporário, ou seja, com data prevista para terminar. Contudo, o período de prisão não foi informado pela DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), que investiga o caso.

O pai biológico da criança estava preso, mas conseguiu liberdade provisória e chegou a ir até a casa da avó materna para buscar a filha de 4 anos, irmã do bebê internado. Na ocasião, ele acreditou que o menininho havia morrido. A advogada dele, Eleudi Silva, afirmou que agora a avó materna é quem está com a criança mais velha, mas entrará com pedido de guarda.

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