Jovens serão atendidos nas ONGs de bairros, em projeto de amparo psicológico
Programa começa na próxima terça-feira, para adolescentes de 15 anos ou mais
Jovens de Campo Grande serão atendidos em ONGs de bairros, no projeto de atendimento psicológico intitulado “Quem ama cuida”. O Programa começa na próxima terça-feira (12) e é voltado aos jovens de 15 anos ou mais. Entre as escolhidas estão o Centro Espírita Fraternidade Anália Franco, que atende os adolescentes nos bairros Jardim Los Angeles e Dom Antônio, ONG Aca (Amigos da Criança e do Adolescente), na região dos Novos Estados, e ONG Maná do Céu, no Jardim Canguru.
O lançamento do projeto aconteceu nesta quarta-feira (6). Ao todo, serão 400 vagas para a terapia na sede da Sejuv (Secretaria Municipal de Juventude) e mais 210 para os atendimentos nos bairros, em ONGs parceiras. A expectativa é de que o número aumente conforme universidades e instituições participem da ação.
Até o momento, são 20 profissionais vinculados à Universidade Estácio de Sá e mais 10 da secretaria farão os atendimentos, que acontecerão durante todos os períodos: manhã, tarde e noite, em duas turmas, exceto à noite, que contará apenas com uma equipe.
De acordo com o secretário da Sejuv, Maicon Nogueira, a parceria será firmada com instituições não governamentais que já trabalham com o atendimento aos jovens. “Estamos levando atendimento de forma individual e coletiva, com grupos que trabalham a ansiedades, algum vício, como álcool ou drogas, de pessoas que tenham predisposição à depressão, automutilação”.
Conforme o titular, os interessados passarão por triagem, que definirá em qual grupo e horário o jovem deve comparecer, assim como a modalidade: individual ou coletiva. Os atendimentos terão duração de 1h30 na terapia em grupo e 50 minutos na forma individual.
“Queremos cuidar da saúde integral dos jovens. 600 não é um número necessário para atender a cidade toda. O projeto é pioneiro.”
Maísa Colombo Lima, professora Estácio de Sá e psicóloga há 31 anos, explica que a separação por grupos é necessária, uma vez que nem todo paciente está pronto para falar sobre as dores de maneira coletiva.
“A triagem é importante porque nem todo mundo está pronto para ir para uma terapia assim. Tem algumas patologias que não é possível do grupo ainda, como questões de violência, algum transtorno grave.”
Ela ressaltou que os profissionais que atenderão os jovens são alunos do 8º e 9º semestre e comenta sobre a importância do projeto. "Falar em saúde mental é falar de vida. Se tenho um projeto específico para trabalhar a saúde mental em uma fase complexa, que no senso comum já falamos que é uma fase crítica de transição. Ou seja, profissionalmente falando é um projeto que tem objetivos grande e totalmente possíveis”.
Rosane Sobrinho, de 54 anos, é uma das profissionais que atenderá os adolescentes. Para ela o sentimento é de responsabilidade.
“Fazemos todo curso esperando esse momento chegar. O sentimento é de ser instrumento de transformação de ajuda na vida desses jovens e da família. Mas a responsabilidade também é grande, porque sabemos que estamos lidando com alguém, com uma vida.”
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