ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
AGOSTO, TERÇA  20    CAMPO GRANDE 23º

Capital

Juiz põe em liberdade agente penitenciário que matou pedreiro

Joseilton de Souza Cardoso, 34 anos estava preso desde o dia 24 do mês passado, quando o crime ocorreu, durante um show

Guilherme Henri | 10/10/2017 14:03
Corpo de Adílson Silva Ferreira dos Santos, 23 anos (Foto: Direto das Ruas)
Corpo de Adílson Silva Ferreira dos Santos, 23 anos (Foto: Direto das Ruas)

A Justiça concedeu liberdade provisória para o agente penitenciário federal Joseilton de Souza Cardoso, 34 anos, nesta terça-feira (10). Entretanto, mesmo de volta as ruas, o agente não poderá usar arma de fogo até o final do julgamento.

Ele matou o pedreiro Adílson Silva Ferreira dos Santos, 23 anos, durante show no estacionamento do Shopping Bosque dos Ipês, no dia 24 do mês passado, mesma data que foi preso.

A decisão é do juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, que considerou que o agente possui residência fixa, trabalho lícito e tem bons antecedentes criminais.

Além disso, o juiz também observou que “não há notícia de comoção ou temor por parte de familiares, bem como não há indícios de que o requerente [Joseilton] seja pessoa agressiva ou possa vir a agredir ou ameaçar possíveis testemunhas”.

No entanto, ficou estabelecido, que o agente não poderá usar arma até o fim do julgamento e também terá que comparecer em juízo até o dia 5 de cada mês, para comprovar residência fixa e trabalho e atividade lícita.

Defesa – De acordo com o advogado, José Roberto Rodrigues da Rosa, não há nenhuma restrição administrativa que impeça o agente de ocupar um cargo administrativo considerando que ele teve o direito de usar arma suspenso. "Ele pode retornar ao serviço normal", frisou.

Tiro - Joseilton foi preso em flagrante logo depois do crime e disse que agiu em legítima defesa. A pistola ponto 40 usada por ele foi apreendida.

A família da vítima e os amigos do agente dão versões diferentes sobre o caso e o motivo do desentendimento não foi revelado. A situação que resultou em crime tem a versão de que o pedreiro foi ajudar o agente, que passava mal perto do banheiro químico; outra narrativa dá conta que a confusão começou porque a fila foi “furada” e o agente reprimiu a conduta, sendo agredido a socos.

O delegado Reginaldo Salomão, que atendeu o caso no domingo, relatou que o agente justificou o disparo como "ato de memória muscular", uma reação automática devido aos treinamentos realizados na academia para reprimir agressões.

O agente penitenciário contou à polícia que a intenção era deixar a arma no carro, mas como não conseguiu vaga de estacionamento dentro do shopping, teve que entrar com a pistola no show.

Nos siga no Google Notícias