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Capital

Justiça antecipa leilão de aviões e carros de chefão do tráfico de drogas

Juiz Odilon de Oliveira antecipa e agenda para 12 de maio a venda judicial de parte dos bens de Gerson palermo, ex-líder do PCC em Mato Grosso do Sul preso pela Polícia Federal no fim de março

Rafael Ribeiro e Aline dos Santos | 06/04/2017 09:34
Parte dos carros apreendidos pela PF durante a operação e que serão leiloados em maio (Foto: André Bittar)
Parte dos carros apreendidos pela PF durante a operação e que serão leiloados em maio (Foto: André Bittar)
Aviões usados para o tráfico de cocaína também serão vendidos pela Justiça (Foto: Divulgação/PF)
Aviões usados para o tráfico de cocaína também serão vendidos pela Justiça (Foto: Divulgação/PF)

A Justiça Federal agendou para o próximo dia 12 de maio o leilão dos seis aviões e 35 veículos apreendidos pela Polícia Federal durante a Operação All In, no fim de março, que desmantelou a quadrilha de tráfico internacional de drogas liderada por Gerson Palermo, 59 anos, ex-chefão do PCC (Primeiro Comando da Capital) em Mato Grosso do Sul. Um total de 17 pessoas foram presas na ocasião.

O leilão também servirá para a Justiça apregoar os 30 carros de luxo e outros bens, como relógios e jóias, apreendidos durante a Operação Nevada, desencandeada em junho de 2016, que desmantelou quadrilha em Campo Grande que movimentou cerca de R$ 14 milhões com o comércio ilegal de cocaína.

Segundo o juiz Odilon de Oliveira, da 3ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande, as aeronaves e veículos possuem trâmite jurídico mais fácil, podendo assim agilizar o agendamento do leilão tão logo a PF conclua a apreensão judicial, sem necessariamente esperar pela conclusão do processo. "Não pode ficar parado (os veículos)", disse.

Após os leilões dos veículos, o próximo passo do Poder Judiciário será leiloar os imóveis do bando, como o aeródromo em Corumbá (a 419km da Capital). Ainda não há data definida.


Apesar da PF declarar na ocasião que o total de patrimônio apreendido da quadrilha ficou em torno de R$ 7,5 milhões, a Justiça Federal diz que não é possível, por enquanto, especular quanto será arrecadado.


Segundo Oliveira, serão criadas contas jurídicas individuais para cada um dos bens, possibilitando que o comprador deposite o valor unitário da sua compra. A quantia total arrecadada só é encaminhada para a Senad (Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas), após a conclusão do processo.

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