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Capital

Justiça dá 60 dias para Hospital do Câncer corrigir irregularidades em cozinha

Hospital terá até 10 de dezembro para fazer adequações solicitadas por relatório da Vigilância Sanitária

Por Mylena Fraiha | 11/09/2024 16:39
Hospital do Câncer receberá pacientes do SUS para mutirão de aceleração de exames (Foto: Arquivo)
Hospital do Câncer receberá pacientes do SUS para mutirão de aceleração de exames (Foto: Arquivo)

O Tribunal de Justiça estabeleceu um prazo de 60 dias para que a Fundação Carmem Prudente, responsável pela administração do HCAA (Hospital de Câncer Alfredo Abrão) em Campo Grande, apresente um plano detalhado com ações e prazos para resolver problemas sanitários que foram encontrados na unidade de alimentação e nutrição do hospital.

A decisão foi proferida pelo juiz Marcelo Ivo de Oliveira, da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos da comarca de Campo Grande, para atender uma Ação Civil Pública movida pelo MPE (Ministério Público Estadual).

O prazo de 60 dias, que termina no dia 10 de dezembro de 2024, foi determinado após a apresentação de um relatório técnico emitido pela Vigilância Sanitária de Mato Grosso do Sul que concluiu que as adequações sanitárias do setor estão “insatisfatórias”.

O documento, elaborado em fevereiro deste ano, aponta uma série de não-conformidades nas instalações e processos da unidade de alimentação e nutrição do HCAA. Entre as principais falhas está a ausência de programação e registros adequados de capacitações e treinamentos da equipe de nutrição.

O relatório também destaca a existência de deficiências no controle de qualidade dos alimentos servidos aos pacientes. Segundo a Vigilância Sanitária, não há registros consistentes do binômio tempo/temperatura, necessário para garantir a segurança alimentar no hospital. "Não são registrados os horários em que as temperaturas são aferidas, e em algumas datas não foram feitos os registros", aponta o documento.

Além disso, foram detectadas inadequações nas instalações físicas da unidade, que não atendem às especificações mínimas exigidas pelas normas sanitárias. A Vigilância Sanitária destacou que o dimensionamento das áreas dificulta o fluxo ordenado no preparo das refeições, o que pode resultar “em cruzamentos entre as etapas de preparação, o que pode comprometer a segurança e a qualidade dos alimentos”.

A reportagem entrou em contato com a assessoria do hospital para saber se já foi elaborado o cronograma de execução solicitado pela Justiça, mas não obteve resposta. O espaço segue aberto para futuros esclarecimentos.

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