Hospital do Câncer fará mutirão para ampliar exames
Incluído em programa da Secretaria Estadual de Saúde, HC terá R$ 3,6 milhões
O HCAA (Hospital do Câncer Alfredo Abrão), em Campo Grande, vai ampliar a realização de exames necessários para diagnósticos, atendendo pacientes que não estão em tratamento no hospital, a serem encaminhados pela regulação do SUS (Sistema Único de Saúde). A ampliação faz parte do programa Mais Saúde, Menos Fila, lançado no primeiro semestre pela Secretaria Estadual de Saúde para reduzir a fila de espera por exames de imagem.
Para participar do mutirão de exames, o hospital contará com R$ 3,6 milhões ao longo de um ano. O repasse foi oficializado através da Secretaria de Saúde da Capital, uma vez que Campo Grande tem gestão plena dos recursos do SUS. O governo estadual efetuará os pagamentos a medida que os exames sejam realizados.
O coordenador administrativo da unidade hospitalar, Amilton Fernandes Alvarenga, explicou que recursos repassados em situações de campanhas têm tabela diferenciada, os procedimentos recebem remuneração mais elevada que os valores pagos pelo SUS, o que possibilita ampliar os atendimentos e chamar profissionais para o serviço extra.
O hospital realiza, dentro de sua rotina, cerca de 1.200 exames por mês. Alguns que são indispensáveis para localizar e dimensionar o câncer a ser tratado. Alguns exames, como cintilografia e ressonância magnética são feitos em clínicas terceirizadas.
Os recursos não influenciarão na redução de déficit que o hospital tem informado, de cerca de R$ 800 mil por mês, o que faz com que a cada quatro meses acumule praticamente a receita de um mês inteiro de déficit, como ocorreu no começo do mês e Estado e Município fizeram repasses suplementares de R$ 6.1 milhões. O problema mais recente que veio à tona foi a limitação nos atendimentos de pacientes para a especialidade de cabeça e pescoço, forçando a dramática situação de pessoas terem que esperar uma vaga para diagnóstico e tratamento de câncer nestas partes do corpo.
O hospital conta com somente um médico dessa especialidade e a agenda de atendimentos está completa para este ano. O HCAA responde por 70% dos atendimentos a pacientes oncológicos de Mato Grosso do Sul. Para a instituição, a saída seria repactuar o contrato de repasses de verbas públicas.