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Capital

Ladrões flagrados ao invadir banco tinham “grupo de apoio” no Whatsapp

No celular dos suspeitos, policiais encontraram conversas em que outros integrantes da quadrilha ensinavam o grupo a melhor maneira de entrar na agência e arrombar os cofres

Geisy Garnes e Mirian Machado | 24/06/2018 09:00
Equipamentos apreendidos pela polícia com os suspeitos (Foto: Paulo Francis)
Equipamentos apreendidos pela polícia com os suspeitos (Foto: Paulo Francis)

Dois jovens de 19 e 22 anos foram presos e um adolescente de 17 anos apreendido, ao tentarem invadir uma agência do Banco Sicredi, localizada na Avenida Eduardo Elias Zahran em Campo Grande. Durante o flagrante, a polícia descobriu que o grupo veio a Mato Grosso do Sul apenas para cometer o crime e que recebia instruções de como arrombar os cofres por um grupo de WhatsApp.

Por volta das 3 horas equipes do Batalhão de Choque realizavam rondas pela região e perceberam que o alarme da agência havia disparado. No local, os militares viram o momento em que dois dos suspeitos pularam o muro no ponto em que a cerca eletrica estava danificada e fugiram.

A dupla - identificada como Rubens Martins da Silva e Thalles Sousa de Brito, de 19 e 22 anos - foi abordada, mas um terceiro envolvido continuou a fuga, pulando os muros. O suspeito foi encontrado horas depois, escondido atrás de uma pilha de telhas e acabou identificado como o adolescente de 17 anos. Os três autores são de Brasília e confessaram ter vindo a Campo Grande apenas para cometer o crime.

Conforme a polícia, Rubens e Thalles eram os responsáveis por entrar na agência. Quando os policiais chegaram ao banco, eles estavam na laje do prédio, entre o telhado e o foro. Já o adolescente confessou ter sido contratado como “olheiro” da quadrilha. Ele cuidaria da frente da agência, enquanto um quarto envolvido no crime ficava na rua de trás.

O adolescente chegou a avisar os comparsas sobre a aproximação da polícia e por isso o quarto suspeito conseguiu fugir do local. Ele contou ainda que se dividiram na vigilância do banco depois de perceberem um batalhão da Polícia Militar na região, que na verdade se tratava da Policlínica da Polícia Militar.

Durante o flagrante, os militares descobriram um grupo de WhatsApp chamado “Manta” nos celulares dos suspeitos, onde outros integrantes da quadrilha ensinavam a melhor maneira de invadir a agência, como eles deveriam cortar os fios das câmeras de segurança e alarmes e ainda o que deviam fazer para arrombar o cofre.

Rubens e Thalles foram presos em flagrante (Foto: Paulo Francis)
Rubens e Thalles foram presos em flagrante (Foto: Paulo Francis)
Carro usado pela quadrilha estava estacionado em uma rua lateral ao banco (Foto: Paulo Francis)
Carro usado pela quadrilha estava estacionado em uma rua lateral ao banco (Foto: Paulo Francis)

Várias fotos da laje também foram encontraram no aparelho, indicando que a cada passo a dupla mostrava onde estava para receber as orientações. Segundo a polícia, os integrantes do grupo eram em sua maioria de Goiás e mostravam pleno conhecimento do sistema de segurança do banco Sicredi.

Apenas uma das integrantes do grupo morava em Campo Grande. A mulher de 27 anos, identificada como Priscila Vieira Pavão, foi a responsável por apontar a agência, alugar quartos de hotel para os autores e dar todo suporte aos suspeitos. Para isso, teria recebido R$ 500. Os militares foram à casa da suspeita, mas ela não foi encontrada.

Ainda de acordo com os bandidos, a informações era de que os cofres da agência guardavam R$ 2,5 milhões. O valor seria dividido entre toda a quadrilha, incluindo os integrantes do grupo de WhatsApp. Rubens e Thalles ficariam com R$ 200 mil, enquanto o adolescente levaria R$ 5 mil para ser o ‘olheiro’ da ação.

Vários equipamentos que seriam usados no arrombamento foram encontrados com o trio e também dentro de um Volkswagen Gol, encontrado estacionado em uma rua paralela a Eduardo Elias Zahran. Entre os equipamentos apreendidos, uma "capa da invisibilidade" chamou atenção da polícia. Feita de lona e papel alumínio, a capa impediria que os bandidos fossem detectados pelos sensores instalados no prédio.  

Todos os equipamento e também o veículo foram levados para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro. Foram apreendidos: corda, vários alicates de pressão e corte, arco de pua, transformador, esmerilhadeira, marreta, extensão, chaves de fenda, pé de cabra, brocas de furadeira, discos diamantados, serras, talhadeiras, lixas e até facas de serra.

Capa usada pelos bandidos para não serem detectados pelos sensores (Foto: Paulo Francis)
Capa usada pelos bandidos para não serem detectados pelos sensores (Foto: Paulo Francis)
As mochilas foram encontradas com os suspeitos durante o flagrante (Foto: Paulo Francis)
As mochilas foram encontradas com os suspeitos durante o flagrante (Foto: Paulo Francis)
Rubens e Thalles são de Brasília (Foto: Paulo Francis)
Rubens e Thalles são de Brasília (Foto: Paulo Francis)
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