Mãe garante que menino de 6 anos é agredido e assediado por colegas em escola
Criança de 6 anos contou para mãe que outros dois alunos o agrediram e abaixaram as calças para ele

Uma mãe de 23 anos procurou direção da Escola Municipal Consulesa Margarida Maksoud Trad, na manhã desta sexta-feira (3), após o filho de 6 anos relatar agressões físicas e assédio sexual cometidos por colegas de sala.
De acordo com a responsável, há um mês a criança chegou em casa com um machucado na cabeça, mas disse que apenas havia caído. Desde então, ele começou a pedir para mudar de escola e para faltar às aulas. No entanto, na quarta-feira (1º), ele retornou para casa com mais ferimentos, desta vez na boca.
Quando a mãe questionou mais uma vez o filho, ele relatou as agressões. “Ele me disse que duas crianças maiores bateram nele várias vezes. Da última vez, também abaixaram as calças e falaram que ele tinha que chupar eles, mas ele não fez, e aí bateram mais ainda”, disse a mãe abalada, que não será identificada para preservar a vítima.
Ela se reuniu com o diretor da escola e conversou com uma representante do Conselho Tutelar na manhã de hoje, que agendou um atendimento psicológico para a criança na segunda-feira (6). Os responsáveis pela criança também vão transferi-lo de escola.
“Meu filho está muito abalado, não para de chorar e hoje não quis comer. Ele não para de falar ‘mamãe, está na minha cabeça, não sai da minha cabeça’. Ele me falou onde aconteceu (as agressões na escola), mas o diretor disse que as câmeras de segurança não pegam lá. Ele não queria que eu chamasse o Conselho Tutelar para abafar o caso”, ressaltou a mãe.
Em nota, a Semed (Secretaria Municipal de Educação) relatou que encaminhou uma equipe técnica para a unidade escolar assim que soube do ocorrido e foram realizados todos os encaminhamentos necessários.
A criança foi encaminhada para uma unidade de saúde, mas a Semed alegou que “o aluno não apresentou nenhuma lesão aparente e estava há vários dias sem frequentar as aulas”.
Ele será acompanhado pela CPAE (Coordenadoria de Psicologia e Assistência Educacional (CPAE), assim como o caso está sendo monitorado pela Semed e direção da escola. O Conselho Tutelar também foi acionado e tomará as providências necessárias.
Como tanto a vítima, quanto os supostos agressores têm seis anos e por isso, se as agressões forem confirmadas, os fatos não configuram como crime.