Marido de babá é preso por estupro de meninas que ela cuidava
Pedreiro de 54 anos foi levado ao IPCG (Instituto Penal de Campo Grande) nesta quinta-feira
Marido de uma babá, de 54 anos, foi preso nesta quinta-feira (16) pelo estupro de duas meninas, de 12 e 9 anos, em Campo Grande. Segundo a polícia, o suspeito aproveitava os momentos em que a mulher ia ao mercado para cometer o crime.
O crime chegou ao conhecimento da polícia no mês passado, depois que a vítima de 9 anos contou sobre os abusos para uma tia. Com a denúncia, a menina foi ouvida por uma psicóloga habilitada do setor psicossocial da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) e contou detalhes do estupro, além de apontar outras crianças, que assim como ela, eram cuidadas pela mulher do autor.
Com as informações, investigadores da especializada chegaram a segunda vítima. Nos depoimentos, as meninas relataram que os abusos aconteciam quando a babá saia para fazer compras. As crianças tinham as mãos amarradas e a boca amordaçada para não reagirem ao estupro, que muitas vezes era cometido com objetos.
Os abusos deixaram lesões nas partes íntimas das vítimas, o que foi comprovado por exame de corpo de delito. Com todas as provas, o pedido de prisão preventiva do suspeito foi feito. Com o mandado de prisão nas mãos, policiais da unidade foram a casa do pedreiro, no Parque dos Laranjais e o levaram para a delegacia.
Segundo a delegada Franciele Candotti Santana, responsável pelo caso, o homem confirmou que ficava sozinho com as meninas quando a mulher saía para ir ao mercado, mas ainda assim, negou a crime. Em ambos os casos, o crime acontecia há pelo menos 2 anos. A menina mais nova era abusada desde os 6 anos e a mais velha desde os 10.
Ainda conforme as investigações, a babá não sabia dos crimes, já que o suspeito coagia as vítimas para que não contassem sobre os abusos. “Ele chegou a dar dinheiro para a mais velha não contar do crime a mãe”, detalhou a delegada.
Para a reportagem, a delegada explicou que o depoimento da menina de 9 anos foi essencial para as investigações. “Crimes como este, na grande maioria das vezes, não deixam lesões físicas, e sim na alma das crianças, e essas lesões só um profissional habilitado consegue identificar”, reforçou Franciele.
Preso por estupro de vulnerável, o pedreiro foi levado ao IPCG (Instituto Penal de Campo Grande).