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Capital

“Mistério do PCC” é condenado a 20 anos por assassinato de "Alemãozinho"

Eder de Barros Vieira chegou a ser absolvido em primeiro júri e agora pode responder em liberdade

Por Ana Paula Chuva | 24/11/2023 15:49
Restos mortais de Alemãozinho foram encontrados sete meses depois do crime (Foto: Reprodução)
Restos mortais de Alemãozinho foram encontrados sete meses depois do crime (Foto: Reprodução)

Eder de Barros Vieira, o “Mistério do PCC”, foi condenado a 20 anos de prisão em regime fechado, mais 20 dias-multa pela execução de Sandro Lucas de Oliveira, o “Alemãozinho”. O crime aconteceu em dezembro de 2019, quando a vítima foi decapitada e enterrada durante julgamento do “tribunal do crime” por integrar facção rival.

De acordo com a denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), Eder e mais quatro integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) sequestraram Alemãozinho no dia 8 de dezembro de 2019 e levaram para um barraco na Vila Bordon. “Mistério” foi apontado como mandante da execução.

Ainda segundo o órgão, Sandro foi executado por ter sido acusado de estar envolvido com o Comando Vermelho. Ele foi mantido em cárcere e morto a golpes de faca, depois decapitado e enterrado. Os restos mortais foram encontrados sete meses depois. Eder participou do crime através de conferências telefônicas.

Três acusados do crime foram julgados em abril do ano passado. Rafael Aquino de Queiroz, de 36 anos, o “Enigma”, Adson Vitor da Silva Farias, de 22 anos, o “Ladrão de Almas”, e Eliezer Nunes Romero, de 21 anos, o “Maldade”, foram absolvidos do crime de homicídio qualificado e ocultação de cadáver, mas foram condenados por integrar organização criminosa e cárcere privado.

Eder chegou a ser absolvido em primeiro julgamento, mas sentença foi anulada (Foto: Reprodução | Redes Sociais)
Eder chegou a ser absolvido em primeiro julgamento, mas sentença foi anulada (Foto: Reprodução | Redes Sociais)

Rafael foi sentenciado a 5 anos de prisão e os outros dois, a 4 anos e 6 meses de reclusão. Eder teve o julgamento marcado para junho daquele ano, na ocasião em que foi absolvido, e Sidnei Jesus Rerostuk condenado a 24 anos de prisão. O MP entrou com recurso e novo júri foi marcado para esta sexta-feira (24).

A advogada do réu, Éverlin da Silva, sustentou as teses de negativa de participação, absolvição por insuficiência de provas e participação de menor importância nos crimes de homicídio, ocultação de cadáver, sequestro e organização criminosa.

No entanto, o Conselho de Sentença, por maioria de votos, decidiu condenar “Mistério” por homicídio, ocultação de cadáver e organização criminosa. Com isso, o juiz Aluízio Pereira dos Santos sentenciou Eder a 20 anos de prisão em regime fechado e 20 dias-multa, porém, poderá responder ao processo em liberdade, por já estar solto.

O magistrado determinou ainda que Eder deve comparecer mensalmente em cartório para atualizar seu endereço.

Sandro Lucas, o "Alemãozinho", desapareceu em dezembro de 2019 e os restos mortais só foram achados em julho de 2020 (Foto: Reprodução | Redes Sociais)
Sandro Lucas, o "Alemãozinho", desapareceu em dezembro de 2019 e os restos mortais só foram achados em julho de 2020 (Foto: Reprodução | Redes Sociais)

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