Moradores do Cabreúva reclamam de cena antiga: casas invadidas pela água
Bastou chover com certa intensidade que moradores do bairro Cabreúva, mais especificamente, na Rua dos Ferroviários, recorrem aos rodos e mangueiras para iniciar um conflito antigo e ingrato: impedir que a água da chuva não entre em casa.
No local, aos fundos do estacionamento da Feira Central, a cena é comum nesta época do ano, relatam.
Katiuscia Vieira, 34 anos, afirma que a água ganha volume e desce com intensidade do estacionamento da Feirona por conta de uma área de declive.
A casa dela foi a mais atingida com a pancada de chuva nesta tarde. O jeito foi, junto com as duas filhas e uma sobrinha, empunhar rodos para tentar livrar a residência da água barrenta.
“A água desce e a boca de lobo não aguenta e estoura toda vez que chove”, conta. “Isto porque foi rápido. É questão de cinco minutos e já enche”.
Na parede da casa é possível ver a marca da altura que a água atingiu, bem como o sofá da sala molhado. Katiuscia garante que, por enquanto, não teve prejuízos significativos, mas lamenta o trabalho de limpeza "antes, durante e depois da chuva”.
Alheio ao clima de preocupação, o filho da dona de casa, de quatro anos, brincava na rua com os pés na água. Perguntado se tinha medo, admitiu que sim. A mãe revela que, basta chover, e o menino chora ao perceber que a chuva invade sua casa.
Pesadelo antigo - Já a funcionária pública Isaura de Castro, 48 anos, que mora numa vila na mesma rua, conta que, com a chuva de hoje, é a quinta vez que sua casa é invadida pela água. Segundo ela, desde mudou para o local, “é um alagamento por ano”.
“Você precisava ver a rua. Não dava para ver o asfalto, coberto de água”, disse nesta tarde.
Ela diz que já perdeu móveis em casos de anos anteriores e que vai esperar os objetos secarem hoje para verificar se houveram perdas.
“Ainda bem que eu estava em casa, pois ia sair. Agora, a principal preocupação é a próxima chuva”, diz.
Além dela, os moradores ao longo da rua limpavam suas residências nesta tarde. O empresário Alaim Vieira de Almeida, empresário, 36 anos, afirmou estar “vacinado”.
Ele comemora sua casa não ter sido afetada nesta tarde. A saída foi improvisar placas de metal e madeira na entrada da casa.