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Capital

Morte de mulher ainda é mistério, mas família acredita em agressão

Aliny Mary Dias e Filipe Prado | 06/09/2014 10:20
Família espera por respostas que só virão com laudo médico (Foto: Simão Nogueira)
Família espera por respostas que só virão com laudo médico (Foto: Simão Nogueira)

Revolta e perguntas sem resposta, essa é a realidade de parentes que acompanham o velório de Rosângela Ferreira, 48 anos, morta na noite da quinta-feira (4), na Santa Casa da Capital. A família suspeita que o companheiro da mulher tenha a agredido.

Mãe de três filhos, Rosângela morava há um ano com Jorge, o homem suspeito pelas agressões. Eles viviam no bairro Cidade Morena e além de ser agredida, a mulher era vítima do mau tratamento por parte de parentes do companheiro.

Uma das filhas da vítima, Maria Cristiana Ferreira dos Santos, 28 anos, conta que os parentes estão receosos em afirmar que Jorge tenha envolvimento na morte, mas que relatos de vizinhos dão conta de agressões sofridas por Rosângela.

“Muita coisa nós não sabemos porque não morávamos com ela”, conta Maria. Nessa semana, Rosângela procurou os filhos com lesões no queixo, mas negou que tivesse sido agredida. “Não parecia que ela tinha caído”, conta a filha que lembra de dois relatos de agressão que acabaram sendo contados pela mãe.

Rosângela e Jorge se conheceram em uma casa de parentes dele. O local tem comemorações frequentes com bebidas. A mulher acabou se viciando no consumo e um dia chegou a ser trancada por vizinhos para que não fosse até a casa. Maycon Henrique, 23 anos, é amigo da família e diz que a mulher chegou a pular o muro para beber com os parentes de Jorge.

“Eles faziam muito mal pra ela. Ela bebia muito e tratavam ela como empregada”, conta Maycon que lembra ainda da indignação pela impunidade. Jorge está solto, conforme relatos de testemunhas, e não foi mais visto desde que a morte de Rosângela começou a ser investigada.

Para os parentes, o que fica é o sentimento de tristeza pela perde de uma mulher considerada boa pessoa por todos. “Agora nós sentimos muita raiva e remorso porque vimos uma situação e não conseguimos ajudar”, desabafa Maycon.

O corpo de Rosângela será sepultado no fim da manhã de hoje no Cemitério Cruzeiro em Campo Grande.

O caso - Em razão de dores, Rosângela acabou sendo levada na quarta-feira para o posto de saúde situado na Avenida Guaicurus e na quinta precisou ser transferida para a Santa Casa. O estado de saúde da vítima piorou e ela sofreu uma série de convulsões antes de morrer. A suspeita de um médico do posto de saúde é que a mulher tenha sofrido pancadas na cabeça.

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