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Capital

Nando é condenado a 18 anos por estrangular e ocultar corpo de garoto

Jean Marlon , comparsa de Nando no assassinato, foi condenado a um ano pelo crime em setembro

Bruna Pasche | 24/11/2018 09:28
Nando ficou conhecido em todo estado por matar e ocultar os corpos no bairro em que morava. (Foto: Paulo Francis)
Nando ficou conhecido em todo estado por matar e ocultar os corpos no bairro em que morava. (Foto: Paulo Francis)

Luiz Alves Martins Filho, o “Nando”, conhecido como o serial killer do Bairro Danúbio Azul, foi condenado a 18 anos e quatro meses, em regime fechado, por matar e ocultar o corpo do adolescente Lessandro Valdonado de Souza, em 2016. Ele foi levado a júri popular na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, nesta sexta-feira (23).

De acordo com TJ, durante a sessão, a defesa de Nando pediu absolvição por negativa de autoria e autodefesa, pelo perdão, insuficiência de provas, inimputabilidade e exclusão das qualificadoras. Já o Ministério Público defendeu a condenação por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Ele foi condenado por maioria dos votos declarados.

Nando matou Lessandro asfixiado com uma corda com a ajuda de Jean e Talita Regina de Souza. Os três chamaram o adolescente até o Jardim Veraneio e o mataram, enterrando o corpo em seguida, que só foi encontrado meses depois quando Nando foi preso e confessou os assassinatos.

O crime ocorreu em agosto de 2016. Segundo consta na denúncia, a vítima teria visto Talita (sua cunhada) traindo o marido. Nando teria concordado em ajudar no crime porque Talita lhe arrumava encontros homoafetivos.

Durante julgamento em setembro, Jean negou a participação no assassinato de Lessandro e acusou Nando e Talita de matarem o adolescente. O conselho de sentença, por maioria de votos, atendeu a sustentação da defesa quanto à absolvição por falta de provas que comprovassem a autoria de Jean no homicídio, mas manteve a condenação por ocultação de cadáver, a um ano, um mês e dez dias de prisão, em regime fechado por responder a outros processos.

Talita entrou com recurso e por divergências nos depoimentos e o defensor público Gustavo Henrique Pinheiro Silva pediu que o júri de Nando fosse remarcado, desmembrando seu julgamento do de Jean.

O caso – Nando é autor de uma série de assassinatos no bairro Danúbio Azul. As vítimas eram, em maioria, jovens mulheres envolvidas com consumo de drogas e inseridas em contexto de vulnerabilidade social. Ele é acusado de ter matado pelo menos 16 pessoas, entre os anos de 2012 e 2016, e ficou conhecido como um dos maiores serial killers do Estado, pela quantidade e a forma cruel como executava os crimes.

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